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Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Agronegócios

Prática de plantio direto de soja em soqueiras de cana-de-açúcar tem chamado a atenção do produtor

Nos últimos anos, essa tem sido a meta dos produtores rurais, que passaram a investir em ações e manejos que garantem a preservação ou reduzem os impactos junto ao meio ambiente, e que oferecem retorno econômico e em produção.


No segmento do agronegócio, por exemplo, agricultores em várias regiões do País praticam o plantio direto da soja em áreas de canaviais, isso sem a necessidade de arar ou gradear a terra, aproveitando ainda da palha que fica após a colheita. Tudo é feito seguindo outros cuidados, como aplicação de calcário e defensivos agrícolas, entre outros.

Uma técnica que surgiu dos próprios produtores e que tem conquistado espaço na agricultura brasileira é o plantio direto da soja na soqueira da cana-de-açúcar. Uma das vantagens dessa técnica em relação à convencional é o fato de que não há remoção de terra, já que não é necessário todo aquele manejo de preparo do solo – que pode favorecer a erosão. “Isso trazia prejuízo tanto ao solo quanto ao agricultor. Por isso, o próprio produtor, a partir de práticas de plantio direto, percebeu que era possível realizar o plantio da soja na soqueira da cana. É algo sustentável, pois não é feita remoção do solo, não existe aquele método de topografia, de fazer curvas de nível para segurar água”, reforça o vice-presidente institucional da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Bartolomeu Braz.

De acordo com ele, a prática é economicamente viável, porque traz custo menor na implantação e menos hora máquina de trabalho, e já está se espalhando pelo Brasil, com registros nos Estados no Centro-Sul. Bartolomeu diz que a técnica pode ser feita quando o canavial chega ao fim do ciclo e deixa de ser rentável, por volta do 5º ou 6º ano. Nesse período, é feita a colheita mecanizada, a aplicação de defensivos para eliminar os brotos e, posteriormente, o plantio em cima da palha, utilizando os equipamentos já comuns na prática de plantio direto. “Além de conservar o solo, a cana é um dos produtos que mais deixa matéria-orgânica e palha no solo. A prática tem sido interessante, mas nós temos tido algumas dificuldades para fazer o plantio bem feito, com o alojamento adequado da semente para ter condição boa e favorável para germinar”, esclarece.

Erros e acertos

Bartolomeu, que também é produtor rural, está no terceiro ano do sistema de plantio em sua propriedade rural, chamada de Fazenda Santa Bárbara, localizada em Goiatuba (GO). E garante que, apesar das dificuldades, por ser uma prática nova, o plantio direto da soja na soqueira de cana tem dado certo. “Tudo demandou erros e acertos, mas os resultados em manejo, meio ambiente e de produção são melhores do que o convencional”, confirma. Ele destaca a vantagem, também, da rotação de culturas nas lavouras brasileiras.
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