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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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​caso Caramuru

Wilson Santos se aproveitou de meu desespero e de minha fragilidade, diz cunhada de Emanuel

Foto: Reprodução

Marco Polo e Bárbara Pinheiro

Marco Polo e Bárbara Pinheiro

A empresária Bárbara Noronha Pinheiro, cunhada do candidato a prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB), veio a público dar sua versão sobre a conversa gravada no apartamento de Wilson Santos (PSDB), que acabou sendo gravada e usada no programa eleitoral do tucano.


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“Cometi o erro de acreditar que o deputado Wilson Santos pode ser amigo de alguém”, inicia Bárbara. “Wilson Santos se aproveitou de meu desespero e de minha fragilidade para atingir a reputação de Emanuel, que jamais teve qualquer envolvimento ou participação nos negócios que realizei com minha irmã. O deputado Wilson Santos se mostrou amigo e solícito; depois, se utilizou da minha boa fé para prejudicar Emanuel Pinheiro”, completa, em outro trecho.
 
O caso veio à tona no último domingo (23), durante debate da TV Record, e posteriormente passou a ser explorado no horário eleitoral de Wilson Santos. No início da semana, o tucano acabou levando a denúncia à Delegacia Fazendária para que procedessem investigações. Segundo Wilson, Bárbara teria recebido propina de R$ 4 milhões para fazer lobby para a empresa Caramuru Alimentos conseguir benefícios fiscais no governo passado.

Bárbara e seu marido, Marco Polo Pinheiro, irmão de Emanuel Pinheiro, procuraram Wilson pois temiam que ele usasse o caso em seus programas eleitorais. Eles foram até a casa do deputado para pedir que ele não explorasse o caso. Bárbara inclusive chorou. Toda a conversa foi gravada e trazida a público.

“No dia 24 de setembro, por volta das 20 horas, acompanhada de Marco Polo, estive na casa de Wilson Santos, que nos recebeu junto com seu irmão Elias Santos. Angustiada, relatei a eles o que estava ocorrendo. Acreditei que o longo tempo de convívio com meu marido e minha sinceridade poderiam sensibilizar o deputado e evitar que sua campanha explorasse eleitoralmente um fato que nada tem a ver com o candidato Emanuel Pinheiro e que, ainda, poderia ter graves consequências na minha vida”, conta a empresária.
 
Confira abaixo a íntegra do texto assinado por Bárbara Pinheiro:

"Cometi o erro de acreditar que o deputado Wilson Santos pode ser amigo de alguém.

Pessoas de nosso relacionamento e alguns jornalistas espalharam boatos de que eu poderia ser presa em razão de um trabalho de consultoria que prestei, em parceria com minha irmã, a advogada Fabíola Cássia de Noronha Sampaio, à empresa Caramuru Alimentos. Desde o início da campanha, as ameaças chegavam a nós diariamente.

Embora a consultoria prestada há alguns meses seja totalmente legal, os boatos davam conta de que seria armada uma situação para que o assessoramento, relativo ao enquadramento da Caramuru Alimentos no Prodeic, seria colocado sob suspeita. Minha prisão seria a forma de dar um caráter espetacular ao fato e, assim, atingir a candidatura a prefeito de Emanuel Pinheiro, de quem sou cunhada.

Alarmada pelos boatos e preocupada com a repercussão de uma eventual prisão na minha vida pessoal e profissional, insisti com meu marido, Marco Polo Pinheiro, para que procurássemos o deputado Wilson Santos. Conheço o deputado há muitos anos e Marco Polo prestou serviços a Wilson Santos à época em que ele foi deputado federal.

Diante dos boatos, entendi que deveria procurá-lo e expor minhas preocupações. No dia 24 de setembro, por volta das 20 horas, acompanhada de Marco Polo, estive na casa de Wilson Santos, que nos recebeu junto com seu irmão Elias Santos. Angustiada, relatei a eles o que estava ocorrendo. Acreditei que o longo tempo de convívio com meu marido e minha sinceridade poderiam sensibilizar o deputado e evitar que sua campanha explorasse eleitoralmente um fato que nada tem a ver com o candidato Emanuel Pinheiro e que, ainda, poderia ter graves consequências na minha vida.

No encontro, me desesperei, chorei e pedi encarecidamente que não explorasse um assunto relativo exclusivamente a mim. Falei da dificuldade financeira que estamos passando e das dívidas de R$ 4 milhões provenientes de uma empresa criada por minha mãe que foi à falência.

Lamentavelmente, estava errada e cometi um dos maiores erros da minha vida ao confiar em Wilson. De maneira sórdida, a conversa foi gravada, os fatos foram distorcidos, a gravação foi adulterada e disponibilizada parcialmente. Estivemos lá por 2 horas e foram apresentados 11 minutos de um áudio totalmente editado.

Wilson Santos se aproveitou de meu desespero e de minha fragilidade para atingir a reputação de Emanuel, que jamais teve qualquer envolvimento ou participação nos negócios que realizei com minha irmã. O deputado Wilson Santos se mostrou amigo e solícito; depois, se utilizou da minha boa fé para prejudicar Emanuel Pinheiro.

Para reparar o dano causado a mim e a minha família, estou tomando as medidas judiciais cabíveis. Lamento profundamente os eventuais problemas que causei à campanha de Emanuel.

Espero que a população da minha cidade compreenda os fatos e não permita que uma pessoa tão inescrupulosa como o deputado Wilson Santos seja novamente eleito prefeito de Cuiabá. Wilson Santos se aproveitou de meus medos, dos meus receios, da minha fragilidade de mãe e de filha para obter ganhos eleitorais. Quem trai a confiança de um amigo, foi nessa condição que fomos à casa de Wilson, é capaz de qualquer coisa.

Minha irmã Fabiola prestará os esclarecimentos necessários sobre a prestação da consultoria à Caramuru Alimentos. Jamais houve pagamento de propina. No encontro com Wilson Santos essa palavra sequer foi mencionada por mim ou por meu marido.

Peço a Deus que nos proteja a todos."

Bárbara Noronha Pinheiro
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