O deputado estadual, José Carlos do Pátio (SD), negou o pedido da defesa do dono da JBS, Wesley Batista, que pretendia que as explicações do empresário fossem feitas por escrito na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Frigoríficos. O parlamentar ainda lembrou que pode pedir a condução coercitiva do empresário caso ele falte a oitiva marcada para o dia 7 de junho.
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Segundo Zé do Pátio, a presença do empresário é essencial para que sejam confrontados todos os indícios de sonegação de impostos, supostamente, cometidos pela JBS, que é investigada pelo uso indevido de incentivos fiscais, concedidos pelo Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
“Queremos que ele (Wesley) responda todas as perguntas para tirarmos as dúvidas a respeito das investigações que a CPI vem fazendo”, destacou o parlamentar. Ele ainda acrescentou que se o empresário faltar a reunião poderá pedir a sua condução coercitiva: “Ele faltou às oitivas marcadas nos meses de abril e maio. Em uma delas, a sua defesa nos informou que o empresário não compareceu porque estava cumprindo ‘agenda’ em outros países da Europa e Ásia. Até entendemos, mas, desta vez, não vamos admitir uma nova falta”, explicou.
Em abril, o parlamentar já havia negado um pedido da defesa para que a oitiva fosse realizada a portas fechadas. Zé do Pátio explicou que até poderia acatar o requerimento. No entanto, a decisão teria que ser feita durante a reunião, com consentimento dos demais membros da CPI.
JBS
A convocação de Wesley Batista aconteceu após os membros da CPI ouvirem o diretor de Tributos da JBS, Valdir Boni, em fevereiro deste ano. Sendo que na respectiva oitiva, o depoente não prestou esclarecimentos necessários que a comissão pretendia. Além disso, Zé do Pátio afirmou que Boni entrou em contradição várias vezes.