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Aparecida Petrowky atua em peça sobre adoção. História se mistura com a vida

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A história de vida de Aparecida Petrowky daria uma novela. “Minha mãe biológica e minha avó vieram de Minas Gerais para o Rio para trabalhar em casa de família. Um mês depois minha avó faleceu e minha mãe teve que se virar sozinha. Aos 14 anos ela engravidou de mim, mas não tinha condições psicológicas de me criar, pois era muito nova. Na época, Vera, que era patroa da minha mãe, fez um trato com ela: daria uma casa para minha mãe e em troca ela me deixava para Vera me criar. O trato foi feito, e Vera me adotou”, contou.

Aparecida só soube que era adotada aos cinco anos de idade. “No meu quinto aniversário, Vera me contou que a babá que cuidava de mim, na verdade era Glória, minha mãe biológica. Fiquei em choque até aceitar”, disse. A atriz viveu anos, passando os dias da semana com a família rica de Vera e os fins de semana ao lado da família de sangue que passava por dificuldades financeiras

A história não acaba por aí. “Quando tinha 17 anos, Vera faleceu de câncer, deixando dois filhos bebês e, por incrível que pareça, quem cuidou deles, foi Glória, minha mãe biológica. Deus é tão bom que fez até surgir leite de Glória para amamentar os filhos de Vera. Hoje, somos uma grande família. Me sinto privilegiada, pois tive duas mães e tenho irmãos das duas famílias. Cresci com muito carinho”, contou.

Primeiros passos como atriz

Aparecida cursou faculdade de fisioterapia e teve que fazer curso de teatro para poder passar nas matérias. “Quando me deparava com as matérias em que tinha de apresentar trabalho para a turma, eu travava e não conseguia. Como era bolsista na faculdade e não podia repetir as matérias, fui aconselhada a buscar um curso de teatro para perder a vergonha. Foi então que me descobri atriz”, disse.

Na primeira peça profissional, Aparecida protagonizou ‘A noviça rebelde’. “Gostei tanto do teatro que resolvi fazer faculdade de Artes Cênicas. Além disso, também fiz curso profissionalizante de designer de interior e trabalhei com grandes arquitetos. Sempre fiz mil coisas ao mesmo tempo, mas consegui finalizar tudo”, contou.

O segundo sucesso no teatro foi com “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues. “Cada dia que subia ao palco me apaixonava mais e tinha mais vontade de estudar. Fiz curso de cinema da Actor Studio com Robert Castel. Foi quando eu conheci muita gente da Globo e o Manuel Carlos me chamou para fazer a Sandrinha em ‘Viver a Vida’”, disse.

Peça em cartaz e planos para o futuro

O destino parecia reservar mais uma surpresa na vida de Aparecida Petrowky. Quando acabou a novela, a atriz foi logo chamada para voltar ao teatro. “Quando li o texto da peça fiquei toda arrepiada. Eu iria viver uma personagem que tinha tudo a ver com a minha vida,e a autora nem sabia da minha história quando me chamou”, contou.

Em “Meu filho sem nome”, que está em cartaz no Teatro Brigadeiro, em São Paulo, Aparecida interpreta uma mãe que vive cercada de dúvidas e incertezas por ter adotado uma criança. “Quando estou no palco, parece que sinto os mesmos medos que Vera sentiu quando me adotou. Sei que ela teve medo da minha mãe biológica me pegar de volta. Às vezes me pego fazendo os mesmos trejeitos de Vera quando estou atuando. É uma sensação muito gostosa de saudade e felicidade. Me sinto homenageando Vera”, disse.

Aparecida, que também já escreveu e produziu peças teatrais, agora está escrevendo um livro que vai virar filme chamado “O truque”. “O livro deve ficar pronto até o fim do ano e já conversei com pessoas que querem transformá-lo em filme, pois o texto é ótimo. Depois disso, também quero muito voltar para as novelas”, disse.

Namoro e casamento com Felipe Dylon

Aparecida namora o cantor Felipe Dylon há cinco meses, e os dois já marcaram casamento. “Felipe é o amor da minha vida. Quero ter dois filhos, e ele quer ter cinco. Ele é super parceiro e me acompanha em tudo. Tenho certeza de que viveremos felizes para sempre”, contou.
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