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Recentes ataques de onças-pintadas em Mato Grosso intrigam cientistas

Da Redação - Lucas Bólico

Dois recentes ataques de onças-pintadas na região de Cáceres (221 km de Cuiabá) colocaram em xeque a coexistência pacífica entre pessoas e o maior felino brasileiro e puseram uma pulga atrás da orelha dos pesquisadores da região, como relata reportagem da revista National Geographic Brasil, edição número 140, que circula este mês nas bancas de todo o país.

De acordo com a matéria, até 2008 não existia nenhum registro de um homem sequer morto pelo animal, desconsiderando as lendas indígenas e ribeirinhas que se disseminam na região. No entanto, o pescador Luiz Alex da Silva Lara foi a primeira vítima fatal naquele ano de 2008. Um novo ataque aconteceria em 2010, mas neste a vítima teve muita sorte e escapou com vida e teve “apenas” traumatismo craniano.

Os incidentes colocaram os cientistas e ambientalistas a procura de uma explicação. Eles queriam entender o porquê de os primeiros ataques de onças-pintadas estarem acontecendo agora e justamente naquela região.

Os especialistas se questionam se a agressividade dos animais é motivada por uma retomada da população em uma zona na qual ela estava desaparecida desde de 1980 ou pela invasão do território dos felinos em decorrência do aumento do turismo, ou quem sabe pela fusão dos dois fatores.

A tese mais aceitável até então é que a prática da ceva – deixar carcaças de animais e alimentos para atrair as onças, geralmente, para mostrar para os turistas – esteja associando os homens à comida para os animais. “Não dá para afirmar que essa foi a motivação, mas é a nossa tese principal”, diz Ronaldo Morato, diretor do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap).

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