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Thomaz Bastos se conforma com 1ª derrota sobre desmembramento

De Brasília - Marcos Coutinho e Vinícius Tavares

O ex-ministro da Justiça e advogado Márcio Thomaz Bastos, contratado para a defesa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) da gestão Lula, afirmou que está conformado com a primeira derrotada dos réus do Mensalão, em decorrência do indeferimento do pedido de desmembramento do processo principal, e salienta que uma segunda questão de ordem, a respeito da suspeição do ministro José Antonio Dias Toffoli, já está superada diante da participação do membro do Supremo Tribunal Federal (STF) no primeiro dia de julgamento.

Em entrevista exclusiva concedida ao Olhar Direto, no final da manhã desta quinta-feira (2), o advogado Adriano Borges já havia antecipado que um eventual pedido de suspeição seria improvável porque Dias Toffoli participara de outras questões de ordem relativas ao processo do Mensalão e o Ministério Público Federal (MPF) não fez nenhuma objeção ou arguição. Portanto, a avaliação de Márcio Thomaz Bastos é mais do que procedente.

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A despeito da avaliação e da conformação, Thomaz Bastos sabe das dificuldades que ele e seus colegas defensores dos réus do Mensalão podem esperar de agora em diante. O escore altamente favorável à manutenção do status quo do processo, ou seja, pelo não desmembramento, demonstra que os ministros estão determinados a acelerar o julgamento, mantendo-o na esfera da Suprema Corte brasileira.

Embora o ministro Ricardo Lewandowski tenha apresentado um brilhante voto, em termos técnicos, a frieza da lei e das jurisprudências foi desprezada porque os demais membros do STF entendem que o risco de prescrição nas primeiras instâncias era demasiado elevado para a nação em razão da gravidade das acusações e da abrangência do escândalo do mensalão, denunciado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB.

Atualizada e corrigida às 18h12
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