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Deputado questiona como 'lobista' chegou a integar cargo estratégico no Estado

Da Redação - Priscilla Vilela e Jonas da Silva

O ‘silêncio’ do Governo aos deputados da Assembleia Legislativa a respeito das denúncias de fraude no edital de construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a negociação da dívida de Mato Grosso pelo ex-servidor e lobista Rowles Magalhães, foram cobradas e até questionadas de forma capciosa pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR). O parlamentar questionou a forma de como ‘do nada’ um lobista teria assumido um cargo estratégico dentro do Estado.
 
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Exaltado, Pinheiro afirmou que chegou, a saber, que o chefe da Casa Civil, José Lacerda esteve na casa na terça-feira (21), mas que para sua surpresa nenhuma explicação foi dada aos deputados. Reforçou ainda que a exoneração do já ex-servidor por parte do chefe do Executivo, Silval Barbosa (PMDB) é apenas o ‘beabá’, o mínimo que poderia ter sido feito diante a dimensão que o episódio tomou, inclusive nacionalmente.

“Quero explicação do Governo do Estado, principalmente do vice-governador que era chefe do lobista e da Casa Civil para este episódio. A exoneração de Rowles é o beabá, o mínimo que poderia ter sido feito. Quero uma explicação oficial a esta Casa, colegiados de líderes, do próprio secretário chefe da Casa Civil. O silêncio está predominante e não temos nenhuma explicação oficial para que possamos entender como o lamentável episódio”, disparou.

O episódio coloca a obra do VLT mais uma vez em uma rodada de polêmica, fato que foi lembrado por Emanuel. O investimento bilionário no modal que beneficiará Cuiabá e Várzea Grande, acorda é posto em dúvida por um suposto jogo de ‘cartas marcadas’ sobre a empresa que ganhou a licitação para execução, fato denunciado por Rowles. Uma propina no valor de R$ 80 milhões teria sido paga para o andamento do processo.

“Isso coloca uma obra de bilhões de reais em cheque e desconfiança. Uma obra que traz melhoria e qualidade de vida para a população de Cuiabá e Várzea Grande, isso não podemos aceitar.Mato Grosso está escancaradamente mal visto. O governo, Chico Daltro principalmente que era chefe do lobista, não deu nenhuma satisfação a está Casa e a sociedade”, ressaltou.

Entenda o emblema

O chefe do Executivo afirmou que desconhecia as denúncias, mas tomou as medidas ao menos oficialmente necessárias para apurar o caso, que conta com denúncias capciosas de fraude no edital de construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além da renegociação da dívida do estado de quase R$ 1 bilhão com o Governo Federal, todas até o momento, orquestradas por Rolwles Magalhães.

Ele havia denunciado fraude na licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e pagamento de propina no valor de R$ 80 milhões. O governador Silval Barbosa anunciou que investigará a grave denúncia. Os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) também já anunciaram a abertura de inquérito para apurar o caso. O VLT foi licitado e está na construção no valor de R$ 1,477 bilhão com gestão do governo estadual.

Ao saber da denúncia na sexta-feira, Silval Barbosa e Chico Daltro disseram-se surpresos. O fato colocou pressão no Palácio Paiaguás. De acordo com informação à reportagem, o vice-governador informou que Rowles havia chegado ao seu gabinete "pela experiência em assessoramento de projetos".
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