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Eder nega articulação com 'lobista' e diz que tentam 'salvar' Chico Daltro

Da Redação - Priscilla Vilela

Ex-secretário extraordinário da Copa do Mundo, Eder Moraes, negou ao Olhar Direto que tenha qualquer envolvimento com a articulação irregular para empresas que participaram da licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O ex-gestor afirmou ainda que o envolvimento de seu nome por partidários do Partido Social Democrático (PSD) é um ‘jogo combinado’ para tentar desvencilhar a fraude do vice-governador Chico Daltro.

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Moraes não afirmou nem negou que tenha tido as reuniões com Rowles Magalhães, se limitou a dizer que ‘tem obrigação de receber qualquer cidadão em seu gabinete’, enquanto era gestor da pasta, uma das mais importantes na gestão. Destacou ainda que faz questão de prestar esclarecimentos solicitados pelos deputados, e que se for convocado, amanhã mesmo comparece a tribuna para rebater as insinuações.

“Ir a AL acusar é muito fácil, eu como homem público tenho a obrigação de receber qualquer cidadão. Foi o vice-governador Chico Daltro quem o acompanhou a Europa, ele quem tem que justificar. Estão tentando jogar combinado, mas esse joguinho em nada resolve. Quero que me convoquem e me chamem que amanhã mesmo eu respondo, nunca recusei esclarecimentos”, se defendeu.

Eder afirma ainda que o processo licitatório sobre o modal nem ao menos foi finalizado enquanto ele geria a pasta.

A acusação do deputado Walter Rabello, responsável por citar seu nome na sessão pelas supostas reuniões entre Eder e Rowles, são classificadas ainda pelo ex-gestor como desnecessárias, mas um fato que vem ocorrendo com certa freqüência durante suas falas na tribuna. Contudo, esse episódio em específico, ainda segundo Eder, é uma oportunidade de ver como o deputado reage com polêmicas de seu partidário.

Possíveis razões para ataque

Se por um lado Eder Moraes se mostrou tranqüilo com as acusações, ele afirma que os ataques do PSD evidenciam o medo do partido pela perda de espaço político para o Partido dos Trabalhadores (PT), que tem em Lúdio Cabral a liderança rumo ao Palácio Alencastro.

“Bateu um desespero, porque o candidato deles está perdendo espaço para o Lúdio”, enfatizou a reportagem.

Eder Moraes, afiliado ao Partido da República, teria ‘rebeldemente’ se aliado ao PT no cenário político municipal, após ter ficado insatisfeito com a atuação da sigla durante as polêmicas em que foi envolvido. Contudo, oficialmente, não é confirmado sua desvinculação do PR e nem a suposta aliança com o PT
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