Imprimir

Notícias / Cidades

Produtores ‘temem’ multiplicação de pedágios com desintrusão em 'Suiá'

Da Redação - Lucas Bólico

A Associação dos Produtores Rurais da Área Suiá-Missú (Aprosum) ‘teme’ que a desintrusão de não-índios na área acabe por gerar cinco novos pedágios indígenas nas rodovias de Mato Grosso. Isso porque a área demarcada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) alcança cinco trechos de três rodovias que passam por Maraiwãtsédé, BRs 158, 080 e 242.

Mulheres fazem manifestação em frente ao TRF-1 contra desintrusão

Renato Teodóro, presidente da Aprosum, afirma que caso não haja uma saída para o impasse e os não-índios tenham de ser retirados dá área, os xavantes deverão criar pedágios semelhantes aos que já existem no km 12 da MT 265, no qual são cobrados R$ 20,00 para veículos de até quatro toneladas.

Este é mais um dos argumentos apresentado pela Aprosum para tentar uma intervenção política que dê resultados a favor dos não-índios. Decisão judicial determina que os produtores têm de sair no dia primeiro de outubro. A questão, no entanto, não está transitada em julgada.

Amanhã, representantes da bancada federal e membros da Aprosum se reúnem com o secretário de articulação social da Secretaria-Geral da Presidência da República para tentar achar uma saída para a questão.

O governo do estado já ofereceu uma área no parque estadual maior que a demarcação de Maraiwãtsédé para abrigar os índios sem que os produtores sejam obrigados a sair. Um projeto de lei que autoriza a permuta já foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Silval Barbosa (PMDB).
Imprimir