Imprimir

Notícias / eleições 2012

Uma coisa é perder eleição, outra é a história, diz Antero sobre marketing

Da Redação - Lucas Bólico

Um dos esforços bem sucedidos da campanha de Mauro Mendes (PSB) no segundo turno foi a desconstrução da tese do alinhamento político entre município, estado e união, defendida por Lúdio Cabral (PT). Membro da equipe de marketing de Mendes, o ex-senador Antero Paes de Barros criticou o argumento e opina que a defesa do PT sobre esse argumento é uma afronta à própria história do partido. 

“Destruímos a tese deles do alinhamento, essa tese não sobreviveu, era um descompromisso com o PT, um descompromisso com a história da democracia. A gente até não trabalhou muito isso na campanha porque a gente ia ter que explicar muito isso e não dava tempo para explicar, mas a tese do alinhamento é a tese de uma viúva da ditadura”, critica.

“Uma coisa é você perder a eleição, outra coisa é você perder a história, perder a biografia, e o PT defendendo o alinhamento é defender o que os militares fizeram. Os militares não deixavam ter eleição na capital e nem para governador por que era importante estar alinhado com o presidente , essa foi uma tese que derrubamos nas ruas, com milhões pedindo Diretas Já”, afirmou ao Olhar Direto após a vitória nas urnas.

Adversário?

Antero nega que tenha sido adversário de Mauro Mendes antes de assumir o marketing político do empresário. O ex-senador explica que apenas havia trabalhado na campanha de Wilson Santos (PSDB) em 2008, quando o tucano derrotou o então candidato do PR no segundo turno. “Mauro Mendes entrava na política, eu não era adversário dele, eu fiz a campanha do Wilson”, minimiza.

Insatisfeito com o PSDB

Sem partido, Antero não esconde a insatisfação com o PSDB em Mato Grosso. Ele se fiz vítima de uma resolução forjada para prejudica-lo. “Estou desfiliado do PSDB a contragosto, acho que o partido foi injusto comigo, criaram uma resolução só para me atingir quando souberam que eu tinha acertado profissionalmente com a campanha do Mauro Mendes”, se queixa.

“Eu tinha direito ao trabalho, eu não sou aposentado, se eu não trabalhar, eu não tenho como sustentar a minha família. Eu vivo daquilo que eu produzo, eu não tenho carteira assinada. Depois que eles perceberam que eu tinha acertado eles baixaram uma resolução dizendo que quem trabalhasse na campanha de Mauro Mendes ou do Lúdio seria expulso do partido. Ai eu resolvi sair porque eu não vou me submeter a um processo de expulsão porque, sinceramente, eu fiz mais pelo PSDB do que todos eles juntos”, finaliza.
Imprimir