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Ministro Gilberto Carvalho pede 15 dias para analisar situação de Suiá Missú

De Brasília - Vinícius Tavares

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho pediu prazo de 15 dias para analisar a ameaça de despejo de cerca de cinco mil pessoas da gleba Suiá Missú, na região do Araguaia, nordeste de Mato Grosso.

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Carvalho recebeu nesta terça-feira (6.11) uma comitiva no Palácio do Planalto integrada por parlamentares e representantes dos produtores rurais atingidos pela decisão da Funai de criar a reserva indígena Maraiwatsede naquelas terras.

Os moradores fizeram apelo para que o governo federal não dê continuidade à desintrusão da área de 165 mil hectares ocupada há 30 anos pelas famílias entre os municípios de São Felix do Araguaia e Alto Boa Vista.

De acordo com o senador Cidinho Santos (PT-MT), o ministro Gilberto Carvalho demonstrou estar sensível ao apelo dos moradores da área. Ele recebeu documentos comprobatórios de que a área não pertence aos índios.

"O ministro pediu tempo para analisar o assunto com a AGU (Advocacia Geral da União) e o Ministério da Justiça. Enquanto isso, o Supremo (Tribunal Federal) deve analisar nos próximos dias o pedido de reconsideração da liminar que determinou a desintrusão da área", lembrou o senador.

O senador pediu aos cerca de 150 manifestantes de Suiá Missú que retornem às terras e que aguardem uma definição até o dia 10 deste mês para, se necessário, fazerem uma "manifestação ainda maior" caso não haja solução para o conflito. 

Cidinho lembrou também da proposta do governador Silval Barbosa (PMDB) de oferecer por permuta uma área de 220 mil hectares pertencente ao Estado para evitar o despejo das famílias. E citou caso durante o governo Lula baseado no parecer número oito da AGU no qual índios aceitaram a permuta de área em litígio na região de Itaipú, no Paraná.

"85% índios aceitam pernuta em Suiá Missú", ressaltou.
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