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Apartamentos vazios de hotel de onde bebê caiu, no Rio, são interditados

G1

A Polícia Civil interditou, neste sábado (29), os apartamentos vazios do apart-hotel Paradiso, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde um menino de um ano e quatro meses morreu. Érico Salazar Padilha Tavares caiu de um vão da varanda do quarto andar do prédio, na últuma sexta (28). A tragédia está sendo investigada como crime de homicídio culposo — quando não há intenção de matar.

Os pais da criança, que moram em Brasília, tinham acabado de chegar ao Rio pra comemorar o réveillon. Segundo o delegado adjunto da 16ª DP (Barra da Tijuca), Robson Gomes, o pai contou, em depoimento, que a família subiu até o quarto com o maleiro do hotel e, enquanto ele recebia as malas e pagava o funcionário, a mãe e o bebê ficaram na varanda aguardando. Ainda o relato do pai, o menino teria caído no momento em que a mãe se virou para falar com ele.

Peritos foram até o hotel e, segundo eles, há um espaço entre os vidros da varanda de cerca de 40 centímetros, que permite a passagem de uma criança pequena. A polícia aguarda os laudos finais da perícia e do Instituto Médico Legal (IML) para dar prosseguimento às investigações.

De acordo com o delegado, na próxima semana, os responsáveis pelo hotel, pela construção do prédio e pela fiscalização da estrutura do imóvel serão chamados a depor. O objetivo é apurar se o hotel teve alguma responsabilidade no caso.

Corpo liberado
Os pais do menino chegaram o Instituto Médico Legal (IML), no Centro, por volta das 10h. Muito abalados, eles deixaram o local no início da tarde deste sábado, sem falar com a imprensa. O corpo da criança foi levado do IML por volta das 12h e deve ser encaminhado para Brasília, onde mora a família.

A reportagem do G1 esteve no apart-hotel Paradiso, mas nenhum responsável foi localizado para falar sobre o caso.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio, vereadora Teresa Bergher, informou, neste sábado, que encaminhará requerimento à Secretaria municipal de Urbanismo para saber quem foi o responsável pelo habite-se concedido ao hotel.

"Ainda não sabemos se faltava uma placa na sacada. Nesse caso, o quarto deveria estar interditado, ou se o espaço entre as placas estava fora do padrão, e mesmo assim a secretaria concedeu o habite-se. Vou encaminhar um oficio à secretaria para que seja feita imediatamente uma vistoria no hotel", afirmou a vereadora.

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