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Riva desabafa: 'estão agindo criminosamente, nunca houve escândalo das calcinhas algum'

Da Redação - Laura Petraglia

O deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), condenado esta semana à perda da função pública em dois processos de improbidade administrativa, afirma que agiram criminosamente tentando imputar a ele suposto contrato entre a Assembleia e uma empresa de calcinha, e que esta ação, simplesmente inexiste.

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“Estão agindo criminosamente. Nunca existiu escândalo das calcinhas algum, nunca se conseguiu provar absolutamente nada. São pessoas que querem me atingir politicamente. Isso até não me ofende porque não tem sustentação jurídica, não tem nenhum processo em relação a isso, é apenas uma maldade. Uma maldade construída por pessoas que não tem compromisso com a verdade”, desabafou Riva ao lembrar que essa ação simplesmente não existe.

De acordo ele, o carro real é que havia uma empresa que operava com locação de aeronave e ela parou de operar com a Assembleia em 1998. Em 2000 ela mudou o ramo de atividades, passou a fabricar roupas íntimas. “E aí usaram essa maldade”, disse.

Segundo ele, isso foi amplamente mostrado. “Tanto é que não há nenhum procedimento em nenhuma instância. Então as pessoas que se utilizam disso, são pessoas inescrupulosas sem compromisso com a verdade”, afirma.

O parlamentar revela que seus advogados estão trabalhando com calma nos recursos. “Não tem pressa, não tem afogadilho, o acórdão não foi publicado ainda. Temos que esperar a publicação e agir com calma como tem que ser”, finalizou.

O escândalo das Calcinhas

José Riva e Humberto Bosaipo são acusados de emitir 44 cheques, no valor total de R$ 2.153.393,66, em favor da firma individual DP Quintana Publicidade, aberta com o CNPJ de uma empresa de peças íntimas femininas, que conforme a Jucemat encontra-se com o CNPJ suspenso.

A empresa teria vencido o processo licitatório aberto pela Assembleia para contratação de serviços de publicidade, que nunca foram prestados.

Além de Riva e Bosaipo mais cinco pessoas respondem a esse processo, sendo dois servidores da Assembleia, Luis Eugênio Godoy e Geraldo Lauro, que emitiram os cheques, juntamente com deputado Riva e Bosaipo.

Nivaldo de Araújo, chefe do setor de licitação, não conseguiu provar que a empresa foi vencedora de um certame, além dos irmãos Joel e José Pereira Quirino, envolvidos com a montagem de diversas empresas fictícias que participavam de licitações fraudulentas junto a Assembleia.

A defesa do deputado José Riva vai aguardar a publicação do acórdão para ingressar com recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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