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Várzea Grande comemora 146 anos de fundação com passado de força e futuro de esperança

Da Reportagem Local em Várzea Grande - Ronaldo Pacheco

15 de maio de 1867. Os soldados de Mato Grosso no Exército Brasileiro, cuja maioria representava a vanguarda na Guerra do Paraguai, acabavam de atravessar o rio Cuiabá para, num descampado, montar um campo de prisioneiros.

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Expectativa é de realização de até quatro mil partos mensais em Várzea Grande, aumentando em quase 10.000%

Por determinação do então governador João Vieira de Couto Magalhães, soldados brasileiros se instalaram nas imediações de onde hoje existe a Praça Aquidaban, marco inicial de um dos maiores centros urbanos de Mato Grosso.

Essencial visitar Várzea Grande com olhares atentos para a história. Nmo geral, a cidade não está muito bem conservada.

Destaque para a gastronomia: Várzea Grande abriga algumas das melhores churrascarias e peixarias de Mato Grosso. E há opções para a nova gastronomia, à base de produtos orgânicos.

Enfim, impossível descrever tantas alternativas da Cidade Industrial em tão pequeno espaço. Fica o registro: Várzea Grande vale mais a pena do que imagina a maioria dos próprios mato-grossenses.

Pela explicação do coronel Ubaldo Monteiro da Silva, historiador e músico, a denominação Várzea Grande se deve à extensa planície, na qual o núcleo se originou e se desenvolveu, abrangendo enormes várzeas. Monteiro da silva é o autor do Hino de Várzea Grande.

A necessidade de transportar bovinos, com o correr do tempo, formou-se uma estrada, ligando Cuiabá a Livramento e Poconé, passando por Várzea Grande.

A formação ativa da localidade retroage à criação do campo de concentração para abrigar paraguaios, no tempo da Guerra do Paraguai, pois era necessário protegê-los do ódio dos cuiabanos, nascido de notícias divulgadas das atrocidades de Solano Lopes contra brasileiros.

Os presos paraguaios, hábeis no corte e secagem da carne bovina, e também na fabricação de arreios e curtume, atraíram compradores e tornaram Várzea Grande uma povoação famosa pela melhor carne-seca da Província de Mato Grosso, que, na época, abrangia Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Terminada a guerra, tanto os paraguaios como os soldados brasileiros, os vaqueiros, os carniceiros e os lavradores, permaneceram em Várzea Grande. A povoação cresceu com a procura por produtos agrícolas e pecuários. A rede de dormir várzea-grandense era a mais procurada, tinha estilo próprio.

A várzea do boiadeiro sempre mostrou vocação para ser cidade grande, de porte, e parecia haver nos primeiros moradores uma exagerada autoconfiança em relação ao futuro da pequena vila, que viria transformar-se na cidade industrial de Mato Grosso.

Várzea Grande foi elevada à categoria de município com a denominação ataual, pela lei estadual 126, de 23-09-1948, desmembrado do município de Cuiabá e Nossa Senhora do Livramento. E a sede instalada em 27-07-1949.

A vocação industrial ganhou notável impulso, nas décadas de 60 e 70, se consolidando nos anos 80. Inúmeras doações de áreas e incentivos fiscais da Prefeitura Municipal e Governo do Estado, principalmente nos anos de 1970, permitiram a atração de grupos empresariais. Disseminou-se a industrialização, especialmente nos ramos de bebidas e abate de animais.

A indústria se tornou o principal motor econômico da cidade. A necessidade de mais mão-de-obra nessas duas frentes trouxe brasileiros de vários Estados, principalmente do Sul e Sudeste do país.

Na década de 1970 e depois, de 1980, Várzea Grande também ganhou importantes intervenções urbanísticas, principalmente no setor viário, como a duplicação das Avenidas Couto Magalhães, Júlio Campos, Júlio Muller e, ainda, da ponte Júlio Muller.

Na década de 1990, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia varzeagrandense. As indústrias cresceram pouco ou migraram para outros municípios do Estado.

Hoje, a Várzea Grande ainda recebe de braços abertos brasileiros de todas as partes que trabalham e vivem na Cidade Industrial, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos.

Ao comemorar 146 anos, a  esperança da população é de que, no futuro, haja mais carinho e cuidado com a Cidade Industrial de Mato Grosso.
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