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Em greve há 35 dias, professores da rede estadual de ensino fazem assembleia nesta tarde para deliberar sobre paralisação

Da Redação - Laura Petraglia

Após 35 dias em greve, o Conselho de Representantes dos profissionais da rede estadual de educação apontou a manutenção da greve por tempo indeterminado em Mato Grosso, durante reunião realizada no fim de semana. A decisão dever ser referendada ou não, durante assembleia geral da categoria a ser realizada na tarde desta segunda-feira (16).
 
A reunião dos grevistas é para avaliar o movimento. A assembleia será realizada, às 14h, na quadra esportiva da Escola Estadual Presidente Médici em Cuiabá. Na pauta, os trabalhadores serão consultados sobre a manutenção do movimento grevista, do acampamento e a realização de atividades para a semana. O posicionamento dos representantes da categoria nos municípios é que a paralisação deve continuar, por falta de elementos que justifiquem o retorno às atividades.

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Desde o início da greve a categoria aguarda por uma proposta concreta do governo, que busca judicializar o movimento. A paralisação geral, que supera 90% de adesão dos educadores, iniciou no dia 12 de agosto continua por tempo indeterminado. No dia 2 de setembro os profissionais estabeleceram acampamento ao lado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no Centro Político e Administrativo (CPA) com objetivo de pressionar o governo.
 
Na ultima semana o deputado Alexandre César (PT) usou a tribuna da Assembleia para tecer duras críticas ao governo por ter acionado a Justiça sem comunicar aos deputados membros da Comissão, que há duas semanas iniciaram uma intermediação entre Estado e Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).

"A situação é realmente muito preocupante e tenho ocupado esta tribuna durante toda a semana para cobrar o governador para marcar uma reunião para nos dar uma resposta. Há uma semana estamos aguardando a resposta. O Sintep não foi chamado, a Comissão de Educação não foi chamada, o secretário de Educação, segundo consta, não foi chamado. Decisão judicial não é resposta à negociação senhor governador, ainda mais quando uma comissão desta casa e outros deputados se envolveram no processo de negociação", discursou durante a sessão. Vale lembrar que o PT faz parte da base aliada do governo.

Dentre as reivindicações do grevistas estão que o governo implante uma política que vise dobrar o poder de compra dos educadores em até 7 anos; realização imediata de concurso público; chamamento dos classificados do último concurso; garantia da hora-atividade para interinos; melhoria na infraestrutura das escolas; aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual; autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos devidos na área.
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