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Governo reapresenta mesma proposta a professores em greve mas autoriza envio de mensagem à AL

Da Redação - Laura Petraglia

A reunião ocorrida entre o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a secretária de Educação, Rosa Neide (PT), e deputados estaduais para tentar por fim à greve dos profissionais da educação da Rede Estadual de ensino que já dura quase 2 meses, não chegou a lugar algum. O governo simplesmente reapresentou a mesma proposta que tem apresentado desde o começo das negociações à categoria. Na prática, o único avanço foi o governo admitir enviar à Assembleia Legislativa para ser votada em forma de lei.

Na opinião do Sintep, eles nem deveriam ter sido chamados já que a proposta inicial era a reabertura do diálogo, ou seja, novas negociações. Apesar do Sindicato não considerar grande avanço, o envio da proposta para Assembleia em forma de mensagem dá aos parlamentares a opção de apresentarem emendas e, com isso, proporcionarem os ajustes que a categoria tanto almeja. Até então, o governador dizia que só enviaria a mensagem para a Assembleia depois que os trabalhadores voltassem às salas de aula.

Mesmo com corte de ponto 85% dos professores de Mato Grosso continuam em greve
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Participaram da conversa com o Sintep o líder do governo, deputado J. Barreto (PR) e Alexandre César (PT). A hora-atividade e a previsão de implementação de reajuste ao piso devem ser itens revistos pelos deputados por meio de emendas. Nos 2 casos os trabalhadores exigem efeitos imediatos dos direitos.

Mesmo com estimativa anunciada pelo governo de que ao menos 45% das escolas da rede estadual de ensino retornaram às atividades, na última terça-feira (08/10), depois do anúncio do corte de ponto dos professores que não retornassem ao trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) afirma que a greve em Mato Grosso é mantida. Isso demonstra que não há temor nem mesmo após as ameaças feitas pelo governo estadual contra os trabalhadores da educação. Nas duas maiores cidades do Estado, 85% das escolas continuam com as atividades suspensas.

O Sintep revela que, das 121 escolas, 103 estão sem atividades por tempo indeterminado. Os trabalhadores exigem avanço no processo de negociação e que a pauta de reivindicações seja atendida. Em Cuiabá , das 75 escolas da rede estadual 60 permanecem fechadas. O presidente João Custódio argumenta que, considerando o número de profissionais 80% estão em greve, esse percentual reforça a luta do movimento aos 58 dias de greve.
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