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Presidente da Câmara não demonstra interesse em votar reajuste de 15% da água e majoração permanece para março

Da Redação - Laura Petraglia / Da Reportagem - Ronaldo Pacheco

Mesmo sob pressão dos colegas de parlamento, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), não demonstrou interesse em submeter à votação em plenário, do reajuste de quase 15% tarifa de água e esgotamento sanitário praticado pela CAB Ambiental.

O máximo que a pressão dos vereadores conseguiu foi transferir de fevereiro para março a vigência da majoração no preço da tarifa, ou seja, caso não seja derrubado o novo valor começa a constar das contas de abril.

Após aprovação da concessão, rua da Câmara vira praça de guerra (Fotos e vídeo)
Com 14 votos, Câmara aprova concessão da Sanecap (Atualizada - Veja Fotos)

A Companhia de Saneamento de Cuiabá, Sanecap, foi concessionada por 30 anos para CAB Ambiental na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB). A Aprovação da concessão na Câmara, cujo presidente à época também era Júlio Pinheiro (PTB), foi envolta à muitas polêmicas, pois muitos dizem que foi feita 'a toque de caixa' .

À época a Câmara foi alvo de manifestações populares contra a concessão, mas não teve jeito. Além do petista Lúdio Cabral, somente os vereadores Arnaldo Penha (PMDB), Domingos Sávio, (PMDB) e Toninho Souza (PDT) votaram contra a concessão. A maioria esmagadora de 14 parlamentares aprovou a ‘privatização’ dos serviços de água e esgoto.

Durante todo o processo de concessão, inúmeras manifestações já haviam ocorrido. Uma delas, inclusive, em frente à prefeitura de Cuiabá e na ocasião, a polícia recorreu às balas de borracha e gás de pimenta para ‘conter’ os ânimos. Na outra, em frente à Câmara a polícia teve quefazer cordão de isolamento par impedir que os manifestantes tomassem a Casa de Leis.

No final do ano passado a atuação da concessionária de água e esgoto de Cuiabá, CAB Ambiental, começou a ser investigada por umaComissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada na Câmara de Vereadores. Depois de três pedidos arquivados e um reaberto por decisão judicial, os trabalhos da comissão objetivam trazer a tona as possíveis irregularidades e quebra de contrato da empresa, que poderá resultar em recisão do contrato com a gestora.
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