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Amigos dão adeus Paulo Leite e destacam legado deixado para o marketing político e o jornalismo de Mato Grosso

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Profissionais de diferentes áreas e épocas compareceram à capela da Funerária Dom Bosco para prestar condolências à família Leite e dar o último adeus ao jornalista e marqueteiro Paulo Maria Ferreira Leite, 54 anos, morto na manhã desta quarta-feira (23). Centenas de pessoas passaram pelo local desde a metade da manhã até o final da tarde, quando o cortejo saiu para o Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, na Rodovia Palmiro Paes de Barros – saída para Santo Antônio de Leverger.

Morre jornalista e publicitário Paulo Leite

“Paulo foi um grande presente que Deus me enviou, em minha vida. Temos dois filhos. Metade do que sou, devo a ele. Me ensinou e me motivou muito”, desabafou Luciana Leite, sua companheira por mais de 20 anos, em entrevista à reportagem do Olhar Direto.

“Ele era grande demais. Em todos os sentidos. Era profissional altamente gabaritado, amigo, companheiro. Sem dúvida, o maior que já conheci”, definiu-o o jornalista Marcos Lemos, secretário de Estado de Comunicação, seu amigo há três décadas. Marcão começou a trabalhar com Paulo Leite em 1990 e nunca mais se distanciaram.

O jornalista Kleber Lima, secretário de Comunicação de Cuiabá, destacou que Paulo Leite foi precursor do marketing político em Mato Grosso. “Muito culto. Figura amável e generosa. Tinha humor ferino. Perda irreparável. Professional insubstituível e que deixa uma obra muito rica”, pontuou Kleber Lima.

O advogado Antônio Alberto Schommer, diretor do curso de Direito da Universidade de Cuiabá (Unic), que foi secretário de Estado da Casa Civil, no governo Jayme Campos (1991-94), definiu Paulo Leite como “um homem único”.
“Era profissional de qualidade indiscutível e ético. Estivemos ombro a ombr por mais de 20 anos. Bom amigo e companheiro”, avaliou Schommer.

O publicitário Luiz Gonzaga Rodrigues Júnior, o popular ‘Júnior Brasa’, diretor do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Mato Grosso (Sinapro/MT), afirmou que Ferreira Leite foi absoluto em tudo. “Grande publicitário. Grande jornalista. Grande marqueteiro. Formou uma legião de profissionais, como próprio secretário Marcão [Pedro Marcos de Campos Lemos] e muito mais gente talentosa”, apontou Júnior Brasa.

O jornalista Onofre Ribeiro citou a capacidade de Paulo Leite em inovar. “Paulo Leite trouxe o marketing político para Mato Grosso. Disputava essa primazia com Mauro Cid. Ele ‘deu cara’ para o governo Jayme Campos. A política de Mato Grosso não seria a mesma, sem Paulo Leite”, justificou Onofre Ribeiro.

Em 1990, Ferreira Leite trouxe pra o horário eleitoral gratuito do rádio e da televisão, na campanha do então candidato a governador Jayme Campos, as apresentações com trilha sonora e a gravação de mais de um ‘jingle’. Comandava uma megaequipe, que contava com profissionais do quilate de Eraldo Pereira (Rede Globo), Fábio Panuzzio (Band) e José Roberto Amador, o ‘Bebeto’, entre outros. Ele tirou as campanhas eleitorais dos estúdios de rádio e TV.



O empresário Lídio Moreira dos Santos, vice–presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso, lembrou da capacidade de Paulo Leite em sempre estender a mão aos amigos, em especial profissionais da imprensa. “Era grande cabeça, solidário e companheiro”, definiu-o Lídio Moreira.

O advogado José Antônio Rosa disse que em mais de 15 anos de convivência sempre admirou Paulo Leite. “Falar de sua genialidade é ‘chover no molhado’. Homem completo. Ser humano completo. bom jornalista. Um homem à frente do seu tempo. Orgulho para os amigos. Bom pai de família. Pena que não cuidou da própria saúde”, emendou José Rosa.

O jornalista e radialista Roberto de Jesus César, o ‘Careca’, ex-secretário de Comunicação de Cuiabá, afirma que Paulo Leite foi pioneiro em marketing político e em novas mídias. “Antes dele, existia a famosa ‘verba de zelo’. Ele criou a compra de espaço para veiculação de mídia”, justificou Carequinha.

Companheiro de Paulo Leite por quase 30 anos, o jornalista e produtor José Luiz Siqueira classificou o amigo como “artífice das palavras e homem de convicções firmes”. Siqueira afirmou que Paulo tinha um “coração maior que o corpo”.
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