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Galindo apresenta Serys como substituta de Jaime, mas Pagot dúvida que grupo aceite

Da Redação - Jardel P. Arruda

O ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antônio Pagot (PTB) confirmou que a ex-senador Serys Slhessarenko foi apresentada pelo presidente regional do PTB, Chico Galindo, como possível candidata ao Senado para substituir o desistente Jaime Campos (DEM), mas minimizou a possibilidade de ela ser aceita pelo chamado “núcleo duro” do postulante ao governo pelo PDT, o senador Pedro Taques.

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“A Serys já não teve o respaldo do PSB, PDT, PPS, PV e PSDB antes. Se tivesse tido, eles teriam escolhido ela no começo. Não escolheram e não vai ser agora que vão escolher. O Chico Galindo fez a parte dele. Seria extraordinário para o PTB ter ela como candidata. Mas isso é muito difícil”, ponderou Pagot, importante líder no PTB, em uma análise sincera.

Para ele, um dos maiores empecilhos para Serys é a questão financeira. Apesar de a ex-senadora possuir capital político, ela teria dificuldades de ordem econômica e para aglutinar financiadores. Na política, é tradicional que os candidatos majoritários possuam responsabilidades financeiras com a coligação, tendo a necessidade de ter bons financiadores para ajudar nas eleições proporcionais.

Além disso, para Pagot, que está em São Paulo, aonde atende clientes, a coligação ainda terá problemas para fechar todos os partidos em torno do novo nome escolhido. Ao anunciar sua desistência, Jaime Campos afirmou que fazia isso devido a falta de ética e de senso de aliança dentro do grupo, insinuando traições.

Pessoas próximas ao democrata afirmam que o maior motivo foi ele sentir-se traído pelos prefeitos Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, e Percival Muniz, de Rondonópolis, os quais estariam apoiando Wellington Fagundes (PR), candidato do grupo rival ao Senado.

“O núcleo da campanha tem um problema sério nas mãos em relação à escolha do nome de um substituto. A campanha sofre um revés, mas conforme seja o substituto, podem se recuperar. Na minha concepção, é preciso uma escolha ousada, um fato novo, e fechar o grupo em torno do novo candidato. Achar um nome é até fácil, todos os partidos têm bons nomes. O difícil é fechar todos os partidos em torno de um nome”, concluiu Pagot.

Atualizada e corrigida às 20h26
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