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Bomba encontrada em chácara de Riva tinha potencial para derrubar casa; candidato pode depor

Da Redação - Priscilla Silva

O delegado Carlos Henrique Engelmann, responsável pelas investigações sobre uma bomba que foi econtrada no último final de semana em uma chácara do deputado estadual José Riva (PSD) apura todas as possibilidades para a motivação do crime, inclusive política, o que poderá levar à convocação do candidato ao Governo do Estado para prestar esclarecimento sobre o caso. O fato aconteceu na manhã deste domingo (03), no município de Juara, a 634 km de Cuiabá.

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A preocupação do titular da delegacia de Juara é que ao concluir a investigação possa chegar a um resultado assertivo que leve até o autor do atentado, que poderia ter causado a morte de alguém. “Felizmente não tivemos vítimas, mas o artefato poderia ter derrubado a casa e até matado alguém”, ressalta.

Por não descartar nenhuma linha de investigação, Carlos Engelmann não descartou a convocação de Riva para participar de uma das oitivas sobre o caso. “Nada está sendo descartado nas investigações, nem o crime político”, frisou.

No dia em que o artefato foi encontrado, o próprio Riva afirmou não acreditar na motivação política: "Não acredito que alguém faria uma coisa dessas. Vamos esperar a apuração e as investigações da Polícia Civil", pontuou o deputado estadual.

Conforme o delegado, até o momento três pessoas foram interrogadas, dentre elas o caseiro e sua esposa que estavam no momento em que a bomba foi encontrada. Outras duas pessoas prestaram depoimentos na tarde desta segunda-feira (04).

Além das declarações, o responsável pelo caso conta na investigação com os vestígios deixados no local do crime, a análise do artefato e, também onde os materiais foram adquiridos. O filho do parlamentar, José Geraldo Riva Junior, dormia na casa da família na chácara, porém, o artefato foi encontrado próximo à casa do gerente das fazendas de Riva, identificado apenas pelo primeiro nome, Giovani.

Carlos Engelmann destacou ainda que o trabalho minucioso de equipe contribuiu para evitar o incidente mais grave. O trabalho de equipe do Batalhão de Operações Especial (BOPE) evitou a explosão do artefato. Por não haver nenhum suspeito preso, o delegado tem 30 dias para concluir o inquérito sobre o caso, sendo o mesmo prorrogável pelo mesmo período.

Na confecção da bomba foi utilizada uma garrafa PET, tecidos, fitas adesivas, pólvora, parafusos, pregos e um pavio de sete metros. Ao lado da bomba foi encontrado um vasilhame de água sanitária com 5 litros de gasolina, que ampliaria a potência do artefato.
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