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Notícias / Ciência & Saúde

OMS diz que chuvas e falta de fundos podem afetar combate ao ebola

Reuters

Avançar no combate ao ebola na África Ocidental depende de uma mobilização de fundos e de profissionais antes do início da temporada de chuvas, em abril e maio, mas a Organização Mundial da Saúde deve ficar sem recursos em meados de fevereiro, disse uma autoridade da OMS nesta sexta-feira (23).

O número de casos de ebola tem caído semana após semana neste mês nos países mais atingidos pelo surto, como Guiné, Libéria e Serra Leoa, o que é promissor, disse o diretor-geral assistente da OMS encarregado da resposta à doença, Bruce Aylward.

"Ficamos sem dinheiro em meados de fevereiro, isso é quatro ou cinco meses antes de o vírus parar no melhor dos cenários", disse ele a jornalistas em Genebra.

A agência de saúde da ONU ainda precisa de 260 milhões de dólares para completar seu orçamento de 350 milhões de dólares para enfrentar o ebola pelos próximos seis meses, afirmou Aylward.

"Se a gente entrar na temporada de chuvas com a doença, estaremos olhando para mais um ano difícil ou mais", disse Aylward.

Situação ainda preocupante

Apesar de uma sensível queda do número de afetados pelo vírus ebola, a situação continua sendo extremamente preocupante nos três países mais atingidos, afirmou ainda a OMS nesta sexta-feira.

A organização está preocupada com uma possível diminuição da vigilância e cuidados. Mais cedo, o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou o fim de todas as medidas de quarentena tomadas para lutar contra o ebola devido ao retrocesso da epidemia no país, que tem o maior número de casos registrados.

"As restrições ao movimento da população serão reduzidas para fomentar a atividade econômica. Já não haverá restrições deste tipo a nível local ou provincial", afirmou Koroma em um discurso transmitido pela rádio e pela televisão na quinta-feira à noite.
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