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Dom Milton e pastores se unem contra orientação sexual e ideologia no Plano de Educação

Da Redação - Ronaldo Pacheco

Pela primeira vez em um quarto de século, católicos e protestantes se uniram para pressionar a Câmara de Cuiabá na votação de um texto legal: o Plano Municipal de Educação. E a pressão deu certo: os vereadores cederam às cobranças do arcebispo Dom Milton Santos, da Arquidiocese de Cuiabá, padres, pastores e apóstolos que superlotaram as galerias do Palácio Pascoal Moreira Cabral e retiraram do texto final da nova lei, com emendas supressivas, as expressões ideologia de gênero, diversidade sexual e orientação sexual.
 
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Aproximadamente 1,5 mil manifestantes, segundo os organizadores, e menos de 800 pessoas, pelos cálculos da Polícia Militar, superlotaram as galerias do plenário e a área externa Praça Moreira Cabral. A última vez em que os cristãos se uniram para cobrar fortemente o Poder Legislativo da Capital foi em 1990, durante a elaboração da Lei Orgânica de Cuiabá, quando chegaram a ‘sitiar’ o então relator geral da Comissão de Sistematização da Câmara Constituinte, então vereador e atual deputado estadual Emanuel Pinheiro pelo PR.
 
“Certamente todos sabem: Deus criou o homem e a mulher. É essencial, nestes tempos, que o poder público tenha a real noção da importância da família”, pontuou dom Dom Milton, explicando sua presença no aquário da imprensa do Palácio Pascoal Moreira Cabral, registrada pela reportagem do Olhar Direto.

Cerca de 30 homens do 1º Batalhão da Polícia Militar evitaram o pior, no confronto entre os cristãos, em defesa da família tradicional,  pelo menos 80 militantes de organizações LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.
 
Duas emendas supressivas foram apresentadas pelos líderes partidários, com a assinatura de todos os 25 parlamentares – termos foram utilizados em dois artigos do Plano Municipal, por conta disso as duas emendas. A primeira emenda suprimia do texto a “ideologia de gênero” do Plano de Educação. Outra emenda retirava do texto final “diversidade sexual e orientação sexual”.
 
O Plano Municipal de Educação tem validade pelos próximos 10 anos e, com duas emendas, a mensagem do Poder Executivo Municipal foi aprovada por unanimidade.

O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), afirmou que os parlamentares ouviram o clamor da sociedade. “Estamos aqui fazendo o nosso papel, que é debater as questões que reflete no povo cuiabano. A Casa joga em favor da população, por isso, os 25 vereadores entraram em um consenso e fizemos estas emendas”, ponderou Pinheiro, para a reportagem do Olhar Direto.
 
A pedido do vereador Dilemário Alencar (PTB), um abaixo assinado com mais de cinco mil assinaturas foi anexado à proposta aprovada que será enviada para sanção do prefeito Mauro Mendes (PSB). O documento solicitava justamente a retira dos termos citados do Plano de Educação.
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