Imprimir

Notícias / Cidades

Secretário Mauro Zaque acompanha operação e come baguncinha no Pedregal para comprovar segurança

Da Redação - Laíse Lucatelli

O secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque, negou que haja clima de terror no bairro Pedregal, em Cuiabá. Para provar sua tese, ele acompanhou a operação que reforçou o policiamento no bairro, e chegou a lanchar em um “baguncinha”, na noite da última quinta-feira (26), para demonstrar a tranquilidade na área.

Leia mais:
Para combater 'terror', secretário determina emprego máximo de policiais no Pedregal
 
“É equivocado falar em matança. O Pedregal, uma região notadamente conhecida como uma das mais violentas de Cuiabá, experimentou, de janeiro a outubro em 2015, dois homicídios. Isso não é uma matança. Ontem mesmo estive à noite no Pedregal, comi um lanche lá, tranquilamente. Não teve nenhum BO ontem porque não está tendo nenhum clima de terror. Uma coisa é o que acontece lá, outra coisa é o que se coloca em rede social”, afirmou Zaque, na manhã desta sexta-feira (27).

Apesar de o Pedregal ter sido palco de três execuções entre domingo (22) e terça-feira (24), o secretário atribuiu o temor surgido entre a população a boatos de redes sociais, e tachou de “infantil” quem deu ressonância as informações sobre a existência de um toque de recolher.

“Dizer que existe qualquer clima de terror no Pedregal, dar ouvidos ao que se publica em redes sociais é, no mínimo, infantil. A segurança pública não é onipresente e onipotente para evitar que um ser humano tire a vida do outro. O que é importante registrar para a sociedade é que não houve nenhum clima de terror no Pedregal. Houve homicídio? Houve. É motivo de preocupação e a polícia está investigando, houve reforço de policiamento. Não chegamos nessa situação de caos da segurança pública do dia para a noite e não vamos sair dela do dia para a noite”, afirmou.

Questionado se as investigações apontam o motivo das três execuções registradas essa semana e se há suspeita da existência de um grupo de extermínio ou de uma guerra do tráfico, Mauro Zaque disse que ainda é cedo para falar sobre o assunto.

“Seria muito prematuro falar qualquer coisa nesse sentido. O que não é prematuro e é importante é que não podemos dar ouvidos ao que se publica em rede social. Qualquer um publica o que quiser”, disse. “O importante é considerar que houve 2 homicídios em 10 meses no Pedregal, uma região conhecida como violenta. Isso quer dizer que a situação está fora de controle? O que não podemos permitir é que pessoas maldosas em redes sociais coloquem terror na população”, completou.

Mauro Zaque afirmou que o reforço do policiamento deve continuar, não só no Pedregal, mas para toda a região de Cuiabá e Várzea Grande. “Desde 14 de setembro estamos colocando 280 homens a mais da PM nas ruas todos os dias”, disse.
Imprimir