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Debaixo de chuva, advogados se unem em ato de desagravo por Faissal Calil

Da Redação - André Garcia Santana

Debaixo de forte chuva, advogados de Cuiabá se reuniram em ato de desagravo em frente ao Comando Geral da Polícia Militar na tarde desta quinta-feira, 18. Durante a mobilização, contrária a prisão do advogado e vereador Faissal Calil no dia 1º de fevereiro, a Polícia Militar (PM) foi enaltecida pela categoria, que alegou repudiar apenas uma “ação isolada” de dois policiais classificados como despreparados. O ato foi organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT).

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O presidente da Ordem, Leonardo Campos, ressaltou a importância da Polícia para a sociedade e lamentou a ocorrência de casos como este, que em sua opinião, prejudicam, violam as prerrogativas do advogado, prejudicando, conseqüente a população como um todo. Durante a leitura do documento, a ação dos dois PMs envolvidos foi repudiada. “Um despreparo que poderia ter terminado em morte, já que o vereador foi rendido com um golpe de “gravata”, que o deixou sem ar”.

Campos também agradeceu a presença dos profissionais que enfrentaram e disse que a categoria não temerá eventuais represálias. Faissal também disse que a situação foi um caso de despreparo e abuso de autoridade. “É uma pena que tenhamos que usar de punição, mas esperamos que isso sirva de exemplo, inibindo outras ocasiões deste tipo”.

Procurada, a assessoria de imprensa da  Polícia Militar ainda deve manifestar-se a respeito do ato de desagravo. 

O caso       
                                                                                        
A confusão começou depois que a irmã do vereador foi detida em frente à  farmácia dela, instalada na rua 13 de Junho, em Cuiabá.  Segundo Calil, ele foi acionado para ir até o local, na condição de advogado. Ele denunciou o caso para Corregedoria da Polícia Militar que instaurou procedimento para apurar a situação. 

A confusão iniciou-se depois que uma equipe da Polícia Militar realizou uma abordagem ao motociclista que atua fazendo entregas para a farmácia da irmã do vereador. A moto estava sem retrovisor e o jovem não usava capacetes. A mulher  teria solicitado a liberação e a gravação de imagens sobre a situação teria motivado a prisão dela e de uma funcionária. Na sequência, o vereador chegou ao local e não lhe foi permitido também o registro de imagens e ele foi preso, algemado e colocado no camburão da PM.
Na data da prisão, a assessoria da Polícia Militar informou que, segundo a equipe do 1º Batalhão, que atendeu a ocorrência, a  motocicleta em questão estava sem lacre na placa, o condutor não estava com capacete e a moto também não tinha retrovisor.
 
Segundo a assessoria da PM, a dona da farmácia não acatou a solicitação feita pela equipe para que deixasse de filmar o rosto dos policiais envolvidos na ação. Não havia proibição quanto ao registro da abordagem.
A assessoria informou que como houve o desrespeito a preservação de direito de imagem, ela recebeu voz e prisão por desobediência. A funcionária dela, que também teria insistido, na gravação das imagens,  acabou detida por desacato. Pouco tempo depois o vereador chegou ao local com advogados e durante argumentação para tentar resolver a situação,  teria tentado agir com violência e acabou preso e algemado.
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