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Mato Grosso recebe LIDE, Taques cobra impeachment e exorta empresariado a enfrentar crise

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Na primeira reunião formal do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) de Mato Grosso, as discussões dominantes foram alternativas para enfrentamento da crise e o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O governador José Pedro Taques (PSDB), principal convidado, e o presidente regional do LIDE, Pedro Neves, defenderam que o empresariado tenha coragem de buscar alternativas de investimentos para que contribuam, em maior ou menor grau, para a economia chegar em novos horizontes.

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Pedro Taques e Pedro Neves argumentaram que, em tempos de crise, a iniciativa privada encontrou em investimentos ousados os melhores remédios para dar a volta por cima, em resposta a questionamento da reportagem do Olhar Direto.
 
“A incompetência [do governo brasileiro], com o uso indevido da Petrobrás, nos trouxe até aqui. Quebraram o orgulho nacional. Nem vou falar só de corrupção, mas da crise econômica, ética, moral e política”, disse Taques. “Afirmam que o impeachment é golpe. Impeachment não é golpe. Está previsto na Constituição”, observou o chefe do Poder Executivo.
 
Pedro Taques assegurou que o país vive um momento de defesa da liberdade. “É oportunizar que as pessoas possam se manifestar [no LIDE]. Trazer o debate sobre a importância da iniciativa privada para liberdade de expressão. Vamos fazer outros debates. Para o nosso Estado é importante, porque Mato Grosso é um Estado de transformação”, argumentou Taques.

Pedro Taques crê que o momento é propício para se discutir e combater ações autorizarias e de quem não respeita as instituições.
 
Fundador do LIDE, o ex-ministro Fernando Furlan avaliou que Mato Grosso é um exemplo para o país, em capacidade de enfrentar desafios e se reinventar a cada período de crise. “Nas entidades de classe, nos reunimos para discutir problemas comuns. É quase uma terapia de grupo. No LIDE, são preocupações macros, de onde surgem ferramentas que dão resultados”,  definiu Furlan.
 
O sociólogo Fernando Schüler defendeu que a classe empresarial encontre nichos para investimentos, já que considera que o Brasil vai sair da crise. “Quem tiver a melhor leitura sobre a situação futura, estaria na dianteira. O ponto é que é preciso dar uma passo adiante [dentro das empresas], agora, para equacionar seu problema de longo prazo”, defendeu Schüller.
 
Único brasileiro atualmente no quadro docente da Universidade de Columbia, em Nova Iorque (EUA), o professor Marcos Troyjo disse que o empresariado tem que acreditar, porque o homem é que faz a diferença na história. “A crise é um momento em que aquilo que era velho ainda não morreu e que o é novo, ainda não nasceu”,  afirmou Troyjo.
 
Num contexto resumido, o LIDE é uma organização empresarial com objetivo de fortalecer o pensamento, relacionamento e a livre iniciativa pautada pelos princípios éticos de governança corporativa. “Formado por líderes de empresas locais e internacionais, o LIDE promove a integração enre empresas, organizações e entidades privadas por meio de programas de debates, fóruns de negócios, atividades, de conteúdo e iniciativas de apoio ao debate econômico”, citou Pedro Neves.
 
O LIDE reúne lideranças que acreditam no fortalecimento e da livre iniciativa e nos valores da democracia.
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