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Cantor sertanejo filho de Silval diz que pai, mãe e irmão são injustiçados

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - Laíse Lucatelli

“Aqui é muro andando em gato. A gente é que tem de  provar inocência e quem tem que provar algo é a Constituição, são os órgãos acusadores. Ou seja, o Ministério Público Estadual (MP), a autoridade policial, a magistratura tem que ter documentos, tem que ter prova. Até o momento nós é que temos de provar que somos inocentes  e isso é uma completa injustiça”. A crítica é do cantor sertanejo Ricardo Barbosa ao ser questionado pela imprensa  sobre as prisões do pai, o ex-governador Silval Barbosa e do irmão, Rodrigo Barbosa.
 
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O pai dele  está encarcerado desde 17 de setembro de 2015 e o irmão, desde 26 de abril acusados de esquemas de corrupção.  Já sua mãe, a ex-secretária de Assistência Social, Roseli Barbosa, que passou seis dias presa acusada de desvios na ordem de R$ 8 milhões  e responde a processo em liberdade.
 
Aos jornalistas que acompanhavam o depoimento de Silval perante à CPI das Obras da Copa, Ricardo ponderou que inexiste  materialidade nos crimes que são imputados a seus familiares.  “No judiciário se  trabalha com material, se trabalha com documento e se fosse delação teria que ser homologada o que não ocorreu, palavras da própria juíza, que deferiu a prisão e também se fosse por um suposto furto que não sabemos o teor”. Para ele, os veículos de comunicação possuem mais acesso às informações do que os investigados. Ele ainda destacou que Silval tem uma das maiores prisões preventivas do país e Constituição prevê o contrário.
 
Para Barbosa, as mais de duas décadas de serviços prestados por seu pai que foi prefeito de Matupá, presidente da Assembleia Legislativa, vice governador e chefe do Executivo, dedicou-se ao Estado, não são considerados. “Meu pai é um homem íntegro,  com 20 anos dedicados ao Estado de Mato Grosso”. Para ele, as ‘corriqueiras operações’  devem ser avaliadas como uma verdadeira ‘briga de gato e rato, nas palavras do ministro Gilmar Mendes”.
 
Questionado se sente medo de ser alvo de alguma operação, Ricardo foi taxativo: “Hoje em dia é incerto. Não faço ideia. Não é de minha competência”.   Sobre  acusações de que ele teria se beneficiado de um esquema de lavagem de dinheiro para sua carreira de cantor, ele foi enfático. “Quatro sites divulgaram que eu era alvo da Sodoma, por lavagem de dinheiro, e vão ter que responder criminalmente por isso. Isso é uma inverdade”.

Ele lamentou ainda o fato de que em nove dias, nascerá o primeiro filho de Rodrigo. “Nasce no dia 20 de maio e meu irmão está preso sem nenhuma prova documental. Que não possui nenhum antecedente criminal, que é médico, e no mínimo ele deveria ter sido ouvido”. 
 
Quanto ao cenário singular vivenciado, ele ponderou que a situação não afeta sua carreira.  Ricardo afirmou que é um dos cem mais tocados no país dentre qualquer gênero e o profissional não foi atingido. “Hoje a  minha maior incumbência é cuidar da minha mãe, da minha irmão, da minha cunhada e do meu sobrinho que irá nascer”. 
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