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Contrários a exploração animal, manifestantes se mobilizam em protesto contra vaquejada na Capital

Da Redação - André Garcia Santana

O levante nacional para a manifestação de repúdio a aprovação da Projeto de Emenda Constitucional (PEC) – 50/16, que regulamenta a realização de vaquejadas no país também será realizado na capital mato-grossense, no domingo (27). Contrárias aos maus tratos e exploração animal, dezenas de pessoas vem se mobilizando pelo protesto, nomeado como Manifesto Contra Vaquejada e Rodeios Cuiabá. Pelo Facebook, o evento conclama a população à aderir a causa.

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A organizadora do ato na Seade, Wanessa Rodrigues, alega a prática, considerada como atividade cultural por seus defensores, se trata na verdade da perpetuação da cultura de sofrimento animal. Para ela a divulgação e a proposta de um debate mais aberto sobre o assunto são especialmente necessárias no Estado, conhecido mundialmente pela força do agronegócio.

Além deste, outros nove projetos de lei do mesmo tipo tramitam atualmente no Senado e na Câmara Federal.  Na página do evento na rede social é explicado que estas  e outras atividades consideradas “tradicionais” no Brasil, na verdade se utilizam da tortura animal para promover entretenimento.  “Se aprovadas, aberrações como briga de galo, provas de laço, e a farra do boi - já proibidas no Brasil, também passam a ser legais”, informa a página do evento na rede social”, diz trecho da descrição.

De acordo com Wanessa o movimento começa às 16h na Praça Santos Dumont, onde serão confeccionados cartazes informativos , que serão usados para a conscientização da população. “Traga faixas, cartazes fazermos uma manifestação significativa e dinâmica, convide os amigos! Vamos unir toda a sociedade contra a Vaquejada! Vamos nos manifestar para que o Governo saiba que nossa opinião deve ser ouvida.”

A proposta, segundo a página é mostra que esta não é a opinião da maioria dos brasileiros. Para isso, é reforçada a necessidade da adesão social. “Precisamos de todas as pessoas que compreendem que a crueldade praticada nas Vaquejadas não pode se tornar patrimônio cultural.”

O projeto

Em defesa da vaquejada, três projetos (PLS 377/2016, PLS 378/2016 e PLC 24/2016) classificam a atividade como patrimônio cultural brasileiro e uma proposta de emenda à Constituição (PEC 50/2016) assegura sua continuidade, desde que regulamentada em lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.

Autor da PEC, o senador Otto Alencar (PSD-BA) quer encerrar a controvérsia em torno da vaquejada incluindo no texto constitucional permissão para “as práticas culturais de natureza imaterial que integram o patrimônio cultural brasileiro e comprovadamente não submetam os animais à crueldade”.

Ele também é relator de um dos projetos sobre o tema (PLC 24/2016), que reconhece o rodeio e a vaquejada como manifestações culturais nacionais e patrimônios culturais imateriais.
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