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Sindicato denuncia negligência e contabiliza mais de 160 roubos a bancos em 2 anos

Da Redação - Patrícia Neves

Levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT) aponta que nos últimos dois anos o número  de ocorrências de roubos a essas instituições chega a 160. Em 2016, foram 74 ações violentas que englobam ainda as explosões a caixas eletrônicos. Já em 2015 foram outras 86. Para o Sindicato, os números refletem a negligência dos bancos e dos governos no zelo da segurança pública.

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A pesquisa do Sindicato aponta que desde o início de 2016, registrou 30 assaltos, 10 arrombamentos e 32 explosões a caixas eletrônicos, sendo que apenas dois terminais de autoatendimento, instalados fora das agências, foram explodidos, inclusive, um terminal instalado dentro do Comando Geral. Ainda foram registrados: um ataque a carro-forte e uma saidinha de banco.

Ainda, desses 30 assaltos ocorridos em 2016, o alvo principal foram às cooperativas de créditos. Atacadas 17 vezes.

Para o presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa, esses números refletem a negligência dos bancos e dos governos no zelo da segurança. “Esse trabalho do Sindicato tem por objetivo conscientizar tanto os bancários como os clientes e toda a sociedade que os bancos são os responsáveis pela segurança e que eles podem e devem melhorar a segurança nas agências, inclusive elaborando um plano específico para as unidades em áreas de risco”, afirma ressaltando que essa irresponsabilidade dos bancos coloca em risco a vida da categoria, dos clientes e usuários do sistema financeiro.

De acordo com a secretária de assuntos de saúde e condições de trabalho do SEEB/MT, diretora da CUT/MT e funcionária do Itaú, Italina Facchini, a segurança é  um fator que interfere nas condições de trabalho, afetando principalmente, a saúde física e mental dos bancários e bancárias.

A diretora ainda alerta aos trabalhadores para a necessidade de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).  Os bancos chegam a denunciar o crime à polícia, no entanto, deixam de comunicar ao Sindicato e ao INSS, aumentando a subnotificação, além é claro, de prejudicar o bancário. “Os bancos querem se ‘livrarem’ da responsabilidade de cuidar da saúde do bancário, pois, a grande maioria passa por transtornos psicológicos após um assalto. É preciso denunciar essa negligência dos bancos”, afirma a secretária. 
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