Imprimir

Notícias / Cidades

Bebê que nasceu após morte da mãe deixa UTI e deverá receber alta em uma semana

Da Redação - André Garcia Santana

Apresentando evolução no quadro de saúde, a pequena Luíza, de pouco mais de um mês de vida, deixou a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), na quinta-feira (16) e poderá receber alta em uma semana. Ela teve o parto realizado após a morte de sua mãe, Iolanda Pimentel, 22, causada por um ataque cardíaco no dia 17 de fevereiro, tendo permanecido por semanas respirando com ajuda de aparelhos na Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis (215 km de Cuiabá).

Leia mais:
Bebê que nasceu com a mãe morta respira por aparelhos e pode apresentar sequelas
- Grávida morre em Mato Grosso e SAMU realiza cesariana às pressas para salvar bebê

As informações são do pai da criança, Cristhian Galvão, que falou ao Olhar Direto sobre a evolução da filha. “Ela estava em tratamento intensivo e depois passou pro semi-intensivo. Está melhorando, mas os médicos explicaram que ainda tem uma dificuldade pra engolir. Se tudo der certo, em uma semana ela recebe alta e vai pra casa comigo.”

Sem histórico de doenças e com gravidez considerada tranqüila, Iolanda Pimentel seria mãe pela primeira vez nas próximas semanas. O sonho, no entanto, foi interrompido por um mal súbito que causou seu falecimento.Atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ela teve o parto realizado mesmo depois de ter morrido. Deste estão, a criança segue em coma induzido na UTI da Santa Casa de Misericórdia da cidade.

A prima de Iolanda, Jomara Nunes, contou ao Olhar Direto que a jovem não apresentava sintomas de nenhuma doença e que, ao conversar com ela horas antes da tragédia, nenhuma situação anormal foi relatada.Jomara, que seria madrinha de Luíza, lembra que em 2011 uma irmã de Iolanda faleceu nas mesmas circunstâncias. “Informaram pra minha mãe que foi um ataque cardíaco, mas vi que a médica responsável pelo atendimento classificou com uma eclampsia”, afirmou.

O quadro, que ocorre no final da gravidez, é caracterizado por convulsões associadas à hipertensão arterial, diagnóstico semelhante ao da vítima quando foi atendida pelos profissionais. Segundo Jomara, o pai de Luíza está muito abatido com os acontecimentos e não tem apresentado condições de falar. “É um momento muito difícil pra todos, está até complicado falar com ele. É muita coisa. Nossa esperança agora é que a Luíza se recupere logo.”

A Santa Casa de Misericórdia de Rononópolis confirmou que a criança naõ respira mais com ajuda de aparelhos e que vem recebendo dieta via oral com boa aceitação. Ela segue sendo monitorada e, de acordo com a assessoria de imprensa, não há previsão de alta. 

Atualizada às 16h41
Imprimir