Imprimir

Notícias / Política MT

Prefeita de Chapada dos Guimarães afirma que situação financeira no município era “pior do que se imaginava”

Da Redação - Érika Oliveira

A prefeita Thelma de Oliveira (PSDB) afirmou que a realidade dos cofres de Chapada dos Guimarães é ainda pior do que as previsões iniciais do interventor Ciro Rodolpho Gonçalves, responsável por ter feito a transição da gestão anterior para a atual devido a problemas judiciais na administração municipal.

Quando recebeu a prefeitura, Thelma recebeu um prognóstico de nenhuma capacidade de investimento e dívidas de R$ 9 milhões. Contudo, pouco menos de 90 dias no comando de Chapada, ela já encontrou um saldo negativo de R$ 14 milhões e o balanço ainda está incompleto. 
 
Leia mais:

- Thelma toma posse e apresenta plano emergencial de 90 dias para Chapada dos Guimarães

- Thelma assume Chapada sem capacidade de investimento e com dívidas que superam R$ 9 mi


“Se a gente achava que ia ser complicado, eu devo dizer que é muito mais difícil do que nós imaginávamos. A situação financeira da Prefeitura é muito grave. Nós fizemos um decreto para reduzir alguns gastos, reduzimos pessoal e com isso nós conseguimos realizar algumas coisas que até então eram impraticáveis. Ainda não chegamos onde desejamos, mas vamos continuar batalhando”, revelou a prefeita.

Só com a Previdência, segundo a Prefeitura, há um débito de aproximadamente R$ 1,2 milhão e, além disso, há também uma dívida com a Energisa – concessionária que fornece Energia Elétrica – que gira em torno de R$ 1,8 milhão.

“A dívida com a Energisa nós estamos tentando negociar o pagamento. Mas o débito com a Previdência é que mais nos preocupa, nós temos urgência em resolver essa questão, porque isso torna a Prefeitura inadimplente e nos deixa incapaz de buscar algumas emendas e recursos do Estado”, disse.

Ao assumir a Prefeitura, Thelma havia anunciado um plano emergencial para os primeiros 90 dias de gestão. Entre as ações estariam medidas austeras e cortes nos gastos da máquina pública e no funcionalismo. Na época, ela afirmou que só a folha de pagamento do município comprometia toda a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Apesar das dificuldades, a prefeita garante que tem avançado significativamente em áreas como saúde e educação. “Nós estabelecemos como prioridade a questão da saúde, porque o hospital não funcionava, não tinha medicamentos. Hoje, o atendimento está regularizado. A educação dentro da zona urbana também está funcionando perfeitamente”. 
Imprimir