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Policiais, médicos, professores, bancários e motoristas cruzam os braços na sexta em adesão à greve geral

Da Redação - Patrícia Neves

Médicos, investigadores, delegados, escrivães, agentes penitenciários, bancários, motoristas de ônibus, bancários, professores, servidores públicos da rede estadual, aeroviários vão aderir à greve geral agendada para a próxima sexta-feira, 28.  Por 24 horas servidores do mais distintos setores, irão cruzar os braços contrários às  reformas trabalhistas e da Previdência propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB), além da lei de terceirização, sancionada pelo presidente.

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O movimento foi proposto pelas  centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Em Cuiabá, a concentração será realizada na Praça Ipiranga no decorrer do dia, com ato público às 14h.

"Os delegados vão manter os plantões  e atender a urgência e emergência. As investigações serão paralisadas", explica o presidente do Sindicato dos Delegados de Mato Grosso, Wagner Bassi.  Ao Olhar Direto ele ponderou ainda: "nós, policiais, apresentamos ao Governo uma nova proposta considerando que nossa expectativa de vida é menor em dez anos do restante da população por ser uma atuação de risco. Pela forma como está proposto, o policial vai morrer antes que consiga se aposentar", reclama. A proposta encaminhada pelo governo em dezembro do ano passado determinava a idade de 65 anos e 25 anos de tempo de contribuição para a aposentadoria, inserindo a categoria na regra geral do funcionalismo.

Os serviços médicos em Cuiabá, de acordo com a presidente da categoria, Eliana Siqueira, já solicitaram que as consultas agendadas para a sexta sejam remarcadas. " Somente serão mantidos os serviços de urgência e emergência, além de 100% no PSMC". Ela estima que cerca de 60% dos profissionais atuantes na rede municipal da capital atuem. Hoje, de acordo com o cálculo apontado por Eliane, existem 500 médicos trabalhando no pronto-socorro e nas UPAs, e outros 160 distribuídos no atendimento à atenção básica. 

Cledson Gonçalves, líder do Sindicato dos Policiais Civis, ponderou quanto a necessidade de mobilização. "As previsões são as piores possíveis".  Além da concentração junto a sede do Sindicato, os policiais também irão participar do ato público agendado para a tarde de sexta-feira na Praça Ipiranga. 

A adesão ao movimento também já foi confirmada pelo sindicato que representa os trabalhadores no transporte coletivo. "O trabalhador está com a corda no pescoço", asseverou o diretor do Sindicato dos Empregados do Transporte Coletivo, Edival Luiz.

Segundo ele, em todo o sistema de transporte público trabalham mais de duas mil pessoas. Por dia, a estimativa é de que mais de 350 mil pessoas sejam atendidas entre as cidades de Cuiabá e Várzea Grande.  Ele avalia que o Sindicato não irá obrigar que o trabalhador integre o movimento, mas pondera que as medidas impopulares afligem a classe trabalhadora como um todo. 

Já os aeroviários, de acordo com o Sindicato Nacional dos Aeroviários, maior entidade da categoria no país, organizam paralisações nos Aeroportos de suas bases, com início no turno da manhã, sem horário previsto para término. 
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