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Após 41 dias de afastamento, promotor envolvido em escândalos ainda não foi ouvido

Da Redação - Vinicius Mendes

A investigação sobre a conduta do promotor Fábio Camilo da Silva, que se envolveu em alguns desentendimentos com policiais militares no início do mês de julho, ainda tramita na Corregedoria-Geral do Ministério Público Estadual de Mato Grosso, após 41 dias do afastamento do promotor. Fábio Camilo ainda não foi ouvido e continua com seu tratamento em Campo Grande (MS).

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O promotor substituto Fábio Camilo da Silva, foi afastado da comarca de Guarantã do Norte (a 721 km de Cuiabá), onde estava lotado, no início de julho. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a portaria que havia nomeado o promotor para atuar naquele município foi revogada no dia 3 do mês passado.

Um processo administrativo tramita na Corregedoria-geral do MPE para investigar a conduta do promotor. A apuração das faltas punidas com as penas de suspensão e demissão é realizado por uma comissão designada pelo Procurador-Geral, Mauro Benedito Pouso Curvo, e constituída por três membros do Ministério Público, de categoria igual ou superior à do indiciado.

O processo administrativo deverá estar concluído dentro de 60 dias da instalação dos trabalhos, prorrogáveis por mais 30. O promotor teria sofrido surto psicótico e se envolveu em confusões com hóspedes de um hotel em Guarantã do Norte, uma emissora de TV do município e com a Polícia Militar. No último dia 6 de julho ele foi transferido para uma clínica particular em Campo Grande (MS), onde segue com seu tratamento. A assessoria do MPE afirmou que o caso continua sendo investigado, mas o promotor ainda não foi ouvido.

O caso

Na madrugada do dia 02, o promotor foi acusado de ameaçar hóspedes de um hotel da cidade e jogar água em um deles. Já na parte da manhã, o suspeito ainda teria quebrado o vidro de uma emissora de TV do município. Ele ficou ferido na perna por conta do fato.

Antes, o promotor envolveu-se em confusão com a Polícia Militar, em uma rodovia nas proximidades de Peixoto de Azevedo. Segundo o relato, o membro do Ministério Público Estadual (MPE) estaria alcoolizado e desafiou o policial que o abordou, arrancando-lhe o boné da cabeça e também o enforcando. Ele não foi preso por possuir prerrogativa de foro.

O conselho tutelar também o acusa de agredir um adolescente de 17 anos com três tapas no rosto e hostilizar duas conselheiras, em 29 de junho. O Ministério Público Estadual (MPE) emitiu nota no dia 02 lamentando os escândalos encabeçados pelo promotor de justiça Fábio Camilo da Silva. O órgão ministerial adiantou que todas as providências estariam sendo tomadas para apuração da conduta e medidas disciplinares serão tomadas.
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