Os secretários de Estado da atual administração, atualmente investigados em diferentes âmbitos, não o são por corrupção. “Nenhum caso de corrupção. Vejam: nennhum está sendo investigado por corrupção; por ter roubado; tacado a mão no dinheiro que pertence ao povo de Mato Grosso”, afirmou o governador José Pedro Taques (PSDB), quase em tom de orgulho, numa comparação metafórica com os secretários de Estado de gestões anteriores, presos por peculato, formação de quadrilha e outros crimes.
Taques foi incisivo na defesa dos secretários de Estado de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas; de Justiça e Direitos Humanos, coronel Benedito Siqueira Júnior; de Comunicação, jornalista Kleber Lima; da Casa Civil, José Adolpho Vieira, aos quais considera inocentes, até que se prove o contrário.
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O chefe do Poder Executivo deixa implícita sua suspeita de uma possível perseguição do promotor de justiça Mauro Zaque Jesus contra alguns de seus principais secretários. “A que responde José Adolpho? A uma representação do doutor Mauro Zaque; e o coronel Benedito Sigueira? A uma representação de Mauro Zaque. E o jornalista Kleber Lima? A uma representação de Mauro Zaque”, citou o governador, durante entrevita ao Programa Chamada Geral, da
Rádio Mega (FM 95,9).
Pedro Taques fez uma defesa enfática de Kleber Lima e lembrou qua a TV Centro América (Canal 4), afiliada da Rede Globo, teve acesso a um suposto processo que tanto o titular do Gabinete de Comunicação quanto o seu advogado Paulo Fabrini Medeiros, passaram o dia todo em busca dos autos. Sem êxito.
“Ao que consta, foi ajuízada ação contra o secretário Kleber Lima. Perguntei ao Klber às 7 horas hoje [11, segunda-feira] para buscar logo, no Poder Judiciário, os autos da ação. Ele e o advogado dele não tiveram acesso à ação. Foi vazado para a imprensa na sexta-feira [dia 8]. Então, só posso falar sobre Kleber Lima após ter acesso à ação”, escalreceu Taques.
No mesmo contexto, o governador determinou à Procuradoria Geral do Estado (PGE) sobre a necessidade de alguma tomada de providências, no processo. “Determinei à PGE que faça uma bsuca na ação [contra Kleber Lima] para ver se há alguma relação com o Estado; para ver se há algo contra o Estado. A PGE não encontrou até agora resposta a isso. Não teve acesso aos autos”, ponderou o chefe do Poder Executivo.
Pedro Taques insinua haver perseguição contra os secretários, principalmente do Gabinete de Comunicação. “Portanto, do Kleber Lima eu não vi os autos. Nem ele, que é
réu, entre aspas. Os outros [secretários de Estado] estão respondendo. Nenhum caso de corrupção”, disse goverandor.
Quanto ao ex-secretário Paulo Zamar Taques, chefe da Casa Civil até maio, seu primo, investigado no caso da suposta existência de grampos clandestinos, o governador recordou que já havia saído do governo. “Ele foi preso, contrariando parecer do Ministério Público Estadual. Não foi denunciado e ninguém fala mais no caso. E o caso do Paulo [Taques], repito, já tinha saído do governo”, complementou Pedro Taques.