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Notícias / Picante

Dia de Finados

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Da Idade Média para a atualidade, o nome sofreu poucas alterações. O Dia dos Fiéis Defuntos, dos Mortos ou simplesmente Dia de Finados é marcado pela ida de inúmeros cuiabanos aos cemitérios, munidos de flores e velas, para saudar os entes queridos que já partiram.  A data remonta à tradição católica do século 5, quando rezava-se pelos "mártires desconhecidos". No século 13, a celebração modificou-se e passou a se destinar aos irmãos de comunidade. A data é promovida após o "Dia de Todos os Santos” (1º de novembro). Não é por acaso. Neste dia, também prestamos homenagens aos mortos, no caso, às autoridades religiosas que aguardam canonização.

A tradição de Finados muda conforme a religão. Os protestantes, por exemplo, evitam cultuar a data, por não crerem no "purgatório" (intervalo nebuloso entre a vida terrena e os céus). Algumas religiões de matriz africana sugerem encararmos este dia não com tristeza e saudade, mas como oportunidade de evolução. Os espíritas seguem filosofia parecida, preferem não emanar tristeza nesta data, crendo que a dor e a indignação com a morte possa atrapalhar a "passagem para o outro plano". A tradição também muda de país para país. Em Portugal, por exemplo, é feriado em 1º de novembro, mas não no dia seguinte, de modo que, confusos, acabam celebrando seus mortos no dia "errado". No México, o saudosismo lusitano dá lugar à alegria caribenha. Com pimenta e tequila, mexicanos embalam o "Dia de los Muertos", um misto de Halloween com carnaval que inclui desfiles e maquiagens de caveira. Seja com tristeza, alegria ou confusão, o importante é sempre guardar o respeito à esta data e dedicar, um minuto que seja, aos nossos queridos que estão "do lado de lá"...
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