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Assembleia Legislativa de MT possui maior verba indenizatória e é a quinta mais cara por deputado estadual

Da Redação - Ronaldo Pacheco

A Assembleia Legisaltiva de Mato Grosso possui a maior verba indenizatória individual por cada deputado estadual. E, de quebra, o Poder Legislativo de Mato Grosso aparece em quinto lugar, no ranking elaborado pela Revista Exame, no custo de cada parlamentar, para o Tesouro do Estado: R$ 160,32 mil por mês.
 
A reportagem da revista, uma das mais tradicionais do Brasil, apresenta que os deputados estaduais brasileiros gastam demais, têm muitos funcionários e há casos até de receberem acima do teto permitido. A conclusão é de relatório da ONG Transparência Brasil divulgado esta semana foi publicado pela Revista Exame.
 
Num momento em Mato Grosso observa, sem entender ao certo, a polêmica pouco clara entre os deputados Jajah Neves (PSDB) e licenciado Wilson Santos (PSDB), secretário de Estado das Cidades, sobre a verba indenizatória, além das reclamações do Poder Executivo sobre os valores estratosféricos repassados aos poderes, urge o debate. E não são poucos os que consideram interessante a Mesa Diretora da Asssembleia Legislativa vir a público e explicar corretamente quanto custa cada parlamentar e, num contexto ampliado, a manutenção do Edifício Dante Martins de Oliveira.
 
O estudo da Transparência Brasil demonstra que os deputados de ao menos cinco estados ganham mais do que o teto permitido, que é de R$ 25.322 por mês. Para burlar esse limite, eles recebem gratificações quando presidem comissões na Casa ou quando fazem parte da mesa diretora.
 
A Transparência Brasil descobriu também que muitos deputados estaduais têm direito a verbas indenizatórias “astronômicas”. Esse dinheiro é usado para gastos como escritório, passagens aéreas e aluguel de veículos.
 
Na Câmara dos Deputados em Brasília, o teto da verba indenizatória varia entre R$ 30 mil e R$ 45 mil, dependendo do estado de origem do parlamentar. Nas Assembleias estaduais, porém, há limites de até R$ 65 mil, como é o caso do Mato Grosso.
 
Detalhe: diferente dos federais, os deputados estaduais trabalham em seu próprio estado de origem e não têm a necessidade de viajar longas distâncias toda semana. Outro ponto de desperdício é a verba de gabinete – dinheiro destinado à contratação de assessores para o parlamentar. Os deputados federais em Brasília têm um teto de R$ 92 mil, para contratar 25 pessoas.
 
Pois nos estados há valores bem maiores. No Distrito Federal, por exemplo, a verba de gabinete é de impressionantes R$ 173,2 mil, quase o dobro da verba disponível para os deputados federais. Esse montante faz com que os deputados estaduais do Distrito Federal sejam os mais caros do país, de acordo com o levantamento.
 
Três estados não entraram no estudo, pois não disponibilizaram os dados necessários: Acre, Maranhão e Sergipe. Outros aparecem apenas com parte das informações, como o Amapá (que não mostra a verba de gabinete de seus deputados).  
(Colaborou Carlos Gustavo Dorileo).
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