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Ex-prefeito preso em operação é acusado de desviar R$ 600 mil e comprar fazenda em nome de laranja

Da Redação - Wesley Santiago

O ex-prefeito de Torixoréu, Odoni Mesquita Coelho, marido da atual prefeita da cidade, Inês Coelho (PP), preso na ‘Operação Pedra Preta’, deflagrada na manhã desta quinta-feira (21), no município, é acusado de desviar R$ 600 mil e de comprar uma fazenda, avaliada em R$ 700 mil, no nome de um laranja. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão.

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As provas obtidas pela polícia apontam que o ex-prefeito, que é o principal investigado, fraudou licitação e desviou recursos de convênio da administração municipal, pagando a uma empresa contratada cerca de R$ 600 mil sem que qualquer obra tivesse sido realizada até fevereiro de 2015.
 
O suspeito contratou outra empresa e adquiriu diretamente os materiais e insumos necessários ao início da execução da obra, sem licitação, custeando o serviço com recursos diversos do convênio, inclusive com recursos próprios da prefeitura.
 
Com estes valores desviados, o ex-prefeito teria comprado um imóvel rural de R$ 700 mil, registrando-o em nome de terceiro (laranja). Isto, conforme a Polícia Federal, consuma o crime de lavagem de dinheiro diante da ocultação/dissimulação e integração dos valores obtidos em razão dos crimes de peculato anteriormente comprovados.
 
O crime de organização criminosa foi caracterizado tendo em vista a engenhosidade levada a efeito pelos autores para o fim de consubstanciar os desvios aos cofres públicos e a evidente ordenação e divisão de tarefas entres os associados.
 
O agente público já foi indiciado em outros dois inquéritos da PF pelo desvio de recursos federais (peculato), por meio de pagamentos de obras não realizadas na mesma época.
 
As investigações tiveram início em 2015 para apurar os crimes de peculato, omissão na prestação de contas de recursos federais, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ao todo, foram 15 agentes da PF que cumpriram os mandados, que foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças.
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