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Mendes faz apelo por apoio a medidas drásticas: “depositem um crédito de confiança em nosso trabalho”

Da Redação - Lucas Bólico

O governador Mauro Mendes (DEM) fez um apelo para a sociedade mato-grossense e pediu “crédito” no trabalho que está sendo feito para recuperar a saúde financeira do Estado. Texto assinado pelo democrata explica como novo governo pretende reduzir gastos para quitar os restos a pagar, fala da necessidade de todos os setores colaborarem e admite que as medidas tomadas são drásticas, mas as entende como necessárias.

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“Estamos tratando a situação com a seriedade que ela merece e há apenas uma forma que conhecemos para equacionar tudo isso: é colocar Deus na frente e trabalhar. Contamos com a parceria e que depositem um crédito de confiança em nosso trabalho”, apela Mendes, na mensagem dirigida especialmente aos fornecedores do Estado.
 
O governador explica que assumiu o Paiaguás com restos a pagar na ordem de R$ 3,9 bilhões. “São empresas e prestadores de serviço dos mais variados segmentos, que mantêm toda a estrutura do Estado em pleno funcionamento. Desde serviços básicos e importantes como limpeza, alimentação e fornecimento de material de expediente, a compra de medicamentos, locação de viaturas e prestação de serviços médicos e hospitalares”, ilustra.
 
“Os restos a pagar estão acima da capacidade econômica atual e, por isso, tomamos medidas drásticas e aguardamos a aprovação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso”, justifica. Mendes destaca o corte no número de cargos comissionados, de gratificação e contratados; a redução de 24 para 15 no número de secretarias e a extinção de seis empresas públicas; a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, que estabelece normas de finanças públicas que propiciarão a contenção do déficit financeiro, reequilíbrio entre receitas e despesas e recuperação da capacidade de investimento público.
 
“Estamos propondo também o aumento na contribuição do setor do Agronegócio, com o Novo Fethab, bem como outros ajustes na Tributação para a elevação da receita. Iremos implementar um gigantesco programa de combate à sonegação fiscal”, complementa.
 
“Todas essas medidas visam o reequilíbrio financeiro do Estado, com a contribuição de todos os setores da sociedade. Nossa expectativa é que, se tudo for aprovado na Assembleia, possamos dar início ao processo de reorganização das contas públicas, com a entrada de mais recursos financeiros nos cofres do Estado e a diminuição dos gastos públicos. Com essas ações acima, queremos demonstrar aos senhores que estamos trabalhando para criar todas as condições necessárias para estancar o crescimento dos restos a pagar e dar início ao processo de quitação dos débitos, para que a população não sofra com a interrupção dos serviços públicos”. 
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