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Em defesa de servidores, deputado eleito chama Mauro Mendes de ditador

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Diplomado como deputado estadual no fim do ano passado e prestes a tomar posse, o sargento da Polícia Militar reformado Elizeu Nascimento (DC) voltou a criticar as medidas tomadas pelo governador Mauro Mendes (DEM) e o chamou de ditador, pela falta de diálogo nas tomadas de decisões de escalonar o salário e de encaminhar para Assembleia Legislativa mudanças no critério para pagar a Revisão Geral Anual (RGA).

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“O que estamos vendo é simplesmente os nossos direitos serem rasgados pelo verdadeiro ditador que se encontra no Palácio Executivo do Estado de Mato Grosso. É revoltante ver direitos de professor de carreira conquistado na dor, ver em apenas 15 dias a sua reposição salarial inflacionária ir para o ralo. Hoje nós temos um grande ditador a frente do Governo de Mato Grosso”, disse o futuro deputado durante audiência que debateu o tema, ocorrida na Assembleia Legislativa na última sexta-feira (18).

Elizeu era vereador de Cuiabá até a semana passada, mas renunciou ao cargo pouco antes da audiência, para em fevereiro tomar posse como deputado estadual. O seu lugar na Câmara Municipal será ocupado pelo líder comunitário Clebinho Borges (DC).

Na mesma audiência, representantes dos servidores públicos do Poder Executivo encaminharam aos deputados estaduais, um pedido para que o projeto que revê os critérios para o pagamento do RGA seja retirado de pauta. Também foi levantada a tese de impugnação da Mesa Diretora via mandado de segurança, para evitar que a matéria, já aprovada em primeira votação, seja votada nesta semana.

A audiência não contou com a presença de nenhum integrante do Governo, mesmo com o convite feito pelo deputado estadual Wilson Santos (PSDB). Participaram do debate lideranças sindicais, deputados diplomados e outros setores repudiaram a proposta de Mauro Mendes.

O projeto de Mendes com relação à RGA estabelece que o pagamento só será feito quando houver dinheiro nas contas do Estado. O medo dos servidores é que o salário seja corroído com o tempo pela inflação.
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