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Ministro afirma que modelo de escola cívico-militar não é estratégia do MEC: ‘não trouxe resultado’

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Érika Oliveira

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o MEC não pretende investir em escolas cívico-militares, pois não há evidências técnicas que comprovem a efetividade da metodologia de administração escolar. O modelo é defendido pelo governador Mauro Mendes (União). 

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Ex-governador do Ceará, Camilo, que esteve em Cuiabá nesta quinta (25), citou que das 100 melhores escolas do país, 87 estão em seu estado e que nenhuma delas tem tal modelo implementado.

“Não é estratégia do Ministério. As evidências mostraram que não é esse ensino que tem trazido resultados para a educação. Falando do meu Estado, das 100 melhores escolas do Brasil, 87 são do Ceará e nenhuma é militar”, afirmou, durante coletiva no Palácio Paiaguás, ao lado do governador, na tarde desta quinta-feira (25).

“A estratégia que estamos fortalecendo no MEC é de fortalecer o tempo integral, os cursos profissionalizantes, garantir a alfabetização na idade certa, que as escolas estejam conectadas, que os estudantes não abandonem as escolas”, completou.

Ainda de acordo com o ministro, apesar de o MEC não ter pretensões de adotar o modelo, estados e municípios tem total autonomia para implementar escolas cívico-militares.

“Se for em relação ao último programa do governo, não tem um dado ainda sobre as escolas-cívicos militares, uma vez que não deu nem tempo. São 212 escolas em 131 mil escolas de educação básica que temos no Brasil. As evidencias que mostram a qualidade da educação são outras que estamos estimulando”, explicou.

Na contramão do MEC, Mauro tem defendido que as escolas cívico-militares em Mato Grosso têm apresentado bons resultados e que o governo irá dar continuidade a tal modelo.
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