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Mauro nega constrangimento com Barbalho por disputa de terras na divisa com o Pará

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (União) negou qualquer tipo de constrangimento com o colega Helder Barbalho (MDB), que comanda o Pará, por conta da ação no Supremo Tribunal Federal (STF), em que Mato Grosso tenta reaver uma área de 2,4 milhões de hectares hoje pertencente ao estado do Norte.

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Nesta sexta-feira (16), Mauro recepcionou Barbabalho no Palácio Paiaguás, para o encerramento do 25° Fórum dos Governadores da Amazônia Legal. Na ocasião, os dois, em conjunto aos demais sete chefes de Estado, assinaram a Carta Cuiabá, em que defendem tratamento sustentável e estratégico da Amazônia.

“Uma coisa é uma coisa. Isso é igual à disputa de futebol, você entra em campo, disputa, termina e muitos são amigos, colegas, é fair play. Nós temos uma disputa que é antes de mim e que pode ser que ela vá depois de mim; antes de Hélder, depois de Hélder. É uma visão de interpretação de uma demarcação que aconteceu há muitos anos e isso está lá na mão do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

“Não é uma disputa do Mauro versus o Helder, não é uma disputa pessoal de ninguém contra ninguém. É uma interpretação e estamos buscando um entendimento, houve uma consolidação do Supremo e nós estamos buscando uma revisitação desse tema através de uma rescisória e vamos ver o que o Supremo vai decidir. Se decidir, terá que ser respeitado, por mim, por ele e por todos os mato-grossenses e paraenses”, completou.

A ação

A disputa judicial entre os estados pelo ponto conhecido como “Salto das Setes Quedas” dura mais de 20 anos. Em 2020, o ministro Marco Aurélio Mello negou a Mato Grosso a faixa de terra, por isso, em maio deste ano, o Paiaguás propôs a ação rescisória, pedindo que tal decisão seja suspensa e que o ministro Roberto Barroso determine a “suspensão da regularização sobre as terras controvertidas”.

Segundo o Governo de Mato Grosso, a medida é necessária para que a gestão possa continuar a prestar serviços públicos na região, “os quais vêm sendo prestados de longa data”.
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