Mato Grosso tem batido recordes históricos de foco de calor neste ano de 2024. Segundo dados do Instituto Centro da Vida (ICV), foram registrados mais de 1.710 focos de calor nos meses de janeiro e fevereiro. Isso coloca esse início de ano como o com maior número desse tipo de ocorrência dentro de toda a série histórica desde 1999, ou seja, há 25 anos.

Leia também
'É normal numa negociação querermos mais e o comprador menos', diz Mauro sobre venda de vagões do VLT

Em fevereiro, por exemplo, ocorreram 863 focos em Mato Grosso. Esse é o segundo pior índice na série histórica de focos para esse mês, atrás apenas de fevereiro de 2005, que teve 951 focos detectados. Em terceiro lugar, fica o mês de fevereiro de 2020, com 806 focos.

Em janeiro deste ano, foram detectados 847 focos de calor. O ICV afirma que esse é o terceiro janeiro com maior número de focos já constatados em Mato Grosso, atrás apenas de janeiro de 2006 com 1.000 focos e janeiro de 2003 com 883 focos.

Para efeito de comparação, em 2020, que foi um ano muito crítico, janeiro teve 768 focos. O número deste ano é 10% maior. Mas, somando os focos de janeiro e fevereiro, foram detectados 1.710 focos em Mato Grosso.

Março também já iniciou com focos de calor em alta em Mato Grosso. Somente nos 4 primeiros dias do mês, o ICV já soma um total de 190 focos. 

Focos de calor em Mato Grosso em 2024 - biomas

• Amazônia: 1.172 focos (68,5%)
• Cerrado: 403 focos (23,5%)
• Pantanal: 135 focos (8%)

Segundo o ICV, a predominância dos focos de calor em imóveis rurais privados e áreas não cadastradas, principalmente, somando juntos mais de 92% das ocorrências dos focos de calor nesse ano, mostra o uso do fogo e sua associação às práticas agropecuárias, seja para prática de "limpeza” de áreas recentemente desmatadas ou para fragilizar a vegetação nativa visando seu desmatamento.

Focos de calor em Mato Grosso em 2024 - cidades

• Cáceres (7,4%)
• Brasnorte (5,4%)
• Nova Maringá (5,2%)
• Feliz Natal (3,7%)
• Querência (3,4%)
• Paranatinga (3,1%)
• Nova Ubiratã (3%)
• Gaúcha do Norte (2,7%)
• Marcelândia (2,5%)
• Canarana (2,5%)