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Notícias / Cidades

Cuiabanos são vigiados como no Big Brother em prol de mais segurança

Da Redação - Jardel Arruda

Em 1949, o escritor inglês George Orwell escreveu o livro Nineteen Eighty-Four (1984 na edição brasileira), na qual criou uma sociedade fictícia que vivia sob a constante vigilância de câmeras e a repressão de um ditador chamado de “Big Brother” (Grande Irmão). Agora, as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, como no diverso reality show homônimo ao vilão de Orwell, também são vigiadas por uma série de câmeras, mas com uma finalidade muito diferente: proteger a população.

No total, 72 câmeras estão espalhadas pelas cidades vizinhas, vigiando tudo o que acontece dentro dos 200 metros de raio de alcance de cada câmera. Elas funcionam como verdadeiros olhos para as Polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiro e a Guarda Municipal de Várzea Grande - corporações que trabalham em conjunto no CIOSP (Centro Integrado de operação de Segurança Pública).

“As câmeras até mesmo dispensam a necessidade de uma chamada de emergência para acionar as autoridades. Bastantes casos de agressão, furtos e tentativas de roubos são flagrados pelas imagens”, disse o coronel do Corpo de Bombeiros Cesar Brum, coordenador do CIOSP.

Incêndios e acidentes de trânsito também são rapidamente identificados graças ao equipamento de segurança. Dessa forma, o Centro Integrado pode acionar o socorro de forma antecipada a uma ligação de emergência. Segundo dados da Secretária de Justiça e Segurança Pública, 40 ocorrências foram geradas a partir da guarda remota desde a implantação, em outubro de 2009, até dezembro.

O equipamento de vigilância também seve para confirmar a veracidade de uma chamada feita aos serviços de emergência das corporações que compõe o CIOPS (190 à PM, 193 ao Bombeiro e 197 à Polícia Civil). Com as imagens, os agentes do centro integrado podem verificar se realmente existe uma ocorrência ou se a ligação é apenas um trote. Endereços também podem ser facilmente confirmados com as imagens

Outro apoio importante da guarda remota tem sido no envio de imagens a Polícia Civil, sempre que solicitada, a fim de facilitar em uma investigação, ou até mesmo em uma pericia criminal.

Além disso, graças a possibilidade de locomoção, o equipamento também serve como suporte em períodos de operações reforçadas. Neste carnaval, por exemplo, as câmeras foram redirecionadas para locais estratégicos, mantendo os foliões sob vigilância integral.
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