Imprimir

Notícias / Política MT

ONG dá caixa de bombons ao invés de motosserra para Blairo Maggi

Da Editoria - Marcos Coutinho/ Da Redação - Julia Munhoz

Líderes do Greenpeace presentearam nesta terça-feira (16) o governador Blairo Maggi (PR) com uma caixa de bombons de cupuaçu, fruto de uma árvore originária da Amazônia brasileira, que também pode substutuir o cacau.

"Ganhei uma motosserra de ouro (em junho de 2005), mas agora ganho uma caixa de bombons e fico feliz por isso", declarou Maggi, em entrevista exclusiva para o Olhar Direto, por telefone.

O Greenpeace foi ao Palácio Paiaguás fazer uma solicitação ao governador no sentido de que o Estado agilize os cadastros rurais porque alguns produtores não estão se cadastrando ao programa MT Legal na "agilidade ideal". Para o Olhar, o governador garantiu que vai exortar os produtores a se cadastrarem o mais rápido possível.

Independente do pleito dos ativistas, a entrega de uma caixa de bombons de cupuaçu tem forte valor simbólico, porque Maggi, até meados de 2007, tinha uma reputação muito ruim junto aos ambientalistas ao ponto de presente-lo com a moto serra de ouro, em outro evento marcado pela simbologia.

Com efeito, a mudança de comportamento do governador mato-grossense, que ratificou acordos ambientais como a moratória da soja e da carne, foi preponderante para que ele fosse avaliado por outro prisma por ONGs e ativistas verdes.

Para a mídia nacional e internacional, Maggi mudou radicalmente de comportamento, embora nunca tenha sido acusado e/ou denunciado de forma oficial de ter, por exemplo, infringido normais ambientais.

Aliás, é bom que se diga, Maggi agora tem recebido críticas de seus colegas produtores por ter acenado a bandeira branca aos conservacionistas e referendado acordos históricos que mudaram o cenário ambiental brasileiro e internacional. Hoje, no que parecia ser um paradoxo, Blairo Maggi é refernência na defesa do meio ambiente de forma sustentável e, sobretudo, responsável.

Visita

Outra questão abordada na visita foi quanto a moratória da soja. Termo em que a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (ABIOVE) e a Associação Brasileira dos Exportadores de Cereais (ANEC) e suas respectivas associadas se comprometeram a não comercializar nenhuma soja, oriunda de áreas que forem desflorestadas, dentro do Bioma Amazônia.

Por isso a preocupação da ONG quanto aos cadastros rurais. Caso não estejam cadastrados ao MT Legal os produtores ficarão impossibilitados de comercializar seus produtos.

Atualizada as 17h10 min.
Imprimir