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Depois de cinco mêses cirurgia não cicatriza e suspeita é de erro médico

de Barra do Garças - Ronaldo Couto

O enfermeiro Ailton César Rodrigues de Castro, 41 anos, funcionário da prefeitura de Barra do Garças, entrou em desespero devido ao estado que se encontra a sua perna direita que não cicatriza e há 6 meses está com a platina exposta. Nesta sexta-feira, Ailton esteve na sede do Ministério Público denunciando um hospital particular e um ortopedista que teriam cometido uma cirurgia desastrosa na sua perna em outubro de 2009. Segundo ele, a cirurgia praticamente está aberta com a platina para fora devido à malha que fica entre osso e a carne não ter sido costurada devidamente.

“Eu quero que consertem a minha perna, eu preciso voltar a trabalhar” desabafou. O sofrimento de Ailton começou dia 9 de outubro quando ele estava junto com um colega de moto e foi atropelado por uma F-250 conduzida por Joaquim Marques Lourenço. O acidente aconteceu perto da praça Portal da Amazônia no cruzamento das avenidas Ministro João Alberto e Antônio Bilego. Como conseqüência, o enfermeiro teve fratura exposta na tíbia da perna direita. Ele foi submetido por uma cirurgia que colocou uma platina com cinco pinos, mas houve rejeição e o ferimento não fechou.

O tempo passou e a situação da perna do enfermeiro ficou desesperadora porque agora ele correr o risco de perdê-la de acordo com especialistas de Goiânia. O enfermeiro conseguiu apoio do Ministério Público através do promotor Marcos Brantz Gambier Costa depois de uma entrevista na Tv Serra Azul.

O promotor pediu alguns documentos do enfermeiro para protocolar uma medida judicial para que o paciente possa ser novamente operado. “Ele me perguntou onde eu quero ser operado, eu simplesmente disse que quero arrumar minha perna. Pode ser onde ele conseguir” informou Ailton.

O enfermeiro ressaltou que o condutor da camionete pagou a cirurgia de R$ 8,5 mil realizada num hospital particular por um ortopedista da cidade, todavia a cirurgia não obteve êxito. Ailton disse que o seu drama aumentou a partir deste momento porque o médico começou a evitá-lo e o fazendeiro a evitá-lo. “Ele pagou a cirurgia, mas não me deu os remédios e nem disse se vai me ajudar em outra operação” acrescentou. Ailton está parado há 6 meses vivendo de auxilio doença de 545,00, mas tem descontar a pensão dos meninos e lhe sobra pouco mais de 300,00.

O funcionário da prefeitura de Barra está afastado devido ao acidente e mora hoje num quartinho em Pontal do Araguaia. A situação dele comoveu muitas pessoas na cidade devido ao seu relato triste de que pode perder a perna. Chorando ele pediu apoio do MP para conseguir uma nova cirurgia o mais rápido possível. Por ironia do destino, o enfermeiro já auxiliou várias cirurgias de ortopedia e hoje depende de uma para voltar a ter uma vida normal. “Eu quero a minha perna sã. Ajudem-me!” finalizou.
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