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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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A importância da defesa agropecuária no estado Mato Grosso

Nesse contexto o Instituto de defesa agropecuário INDEA-MT, foi criado a partir da Lei n º. 4.171 de 31 de Dezembro de 1979, porém no governo Pedro Taques o Instituto passa a ser vinculado a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico - SEDEC, secretaria esta sob a regência do agrônomo Seneri Paludo que tomou posse no dia 1° de janeiro. Paludo é formado em agronomia, foi superintendente do Instituto de Economia Agropecuária (Imea) e ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde 2010 até este ano atuou como diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (FAMATO). O Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA) é fruto do somatório de um grande conjunto de forças e uma das nossas lutas foi adquirir a confiança do nosso cliente, tratou-se de um processo de conquista, que envolveu muita educação sanitária, comunicação e energia.

Esse talvez tenha sido o maior ganho da defesa agropecuária nesses anos todos, a conquista da confiança do produtor e do industrial da agropecuária. As campanhas de combate as enfermidades também tiveram mudanças significativas durante esse período, porém a não existência é a conseqüência de um grande trabalho da cadeia produtiva, seja ela agrícola ou pecuária. Existe no nosso meio uma máxima - "mais importante que ser livre de uma enfermidade é continuar livre dela". Manter a condição sanitária é mais difícil do que receber o reconhecimento de livre. Mato Grosso é o Estado do Agronegócio e tem papel importante na exportação de grãos e carne. Recebe anualmente missões nacionais e internacionais de auditoria.

A sociedade civil passou a ter mais conhecimento das atividades inerentes a defesa agropecuária, fiscalização esta responsável pela qualidade do alimento que chega a sua mesa.


As ações do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado promovem a prevenção, o controle e a erradicação das pragas e doenças de animais e vegetais que contemplam interesses socioeconômicos para este Estado e são o tema de um extenso trabalho desempenhado pelos seus servidores ao longo de mais de 35 anos.
O trabalho envolve a planificação em políticas públicas para evitar que as doenças animais e pragas vegetais inviabilizem a produção. Os estudos envolvem a análise de risco com análises científicas e informações do País importador complementada pela fiscalização do ingresso de produtos agropecuários no País, para introdução de pragas e doenças exóticas. O custo do ingresso de uma nova doença é incalculável, pois além de ocasionar perda na produção e conseqüente falta de alimentos para a população implica em perda de mercados internacionais. O trabalho é exaustivo e científico e tem como embasamento as normas da Organização Mundial do Comércio- OMC. Os alimentos são testados para verificar se não oferecem riscos para o consumidor. Os insumos fitossanitários usados na produção agrícola e na pecuária são amplamente analisados no que se refere as suas formulações e as indústrias são avaliadas nos padrões de controle de qualidade e biosegurança.

A Organização Mundial de Saúde Animal- OIE tem sede em Paris e foi criada em 1924, antes da ONU porque os países se conscientizaram que as doenças animais causam perdas econômicas de repercussões mundiais na produção de proteínas nobres, sem as quais o homem não sobrevive. Por outro lado, sabe-se que 60 % das doenças animais se transmitem ao homem e que 75% das doenças emergentes são de origem animal, o que reforça o papel da Defesa Agropecuária.

Ao longo da história já tivemos a experiência de termos como presidente do INDEA servidores de carreira e também de não servidores, e no passar desses anos tenho visto pela convivência com os servidores e colaboradores que muitos se recordam e elogiam o trabalho de ex-presidentes servidores de carreira bem como aqueles de fora advindos da iniciativa privada bem e também as críticas em suas formas de gestão onde algumas atividades inclusive foram retiradas do rol de competência do Instituto.

Em consonância com o perfil técnico do secretariado do governo eleito Pedro Taques a nomeação do novo presidente do INDEA-MT manteve essa linha o de são apresentados gestores jovens e técnicos, nesse ínterim foi nomeado Guilherme Nolasco que tem 44 anos, é médico veterinário e natural de Bauru (SP). Veio para Mato Grosso há 21 anos trabalhar como gerente agropecuário no grupo Renosa. Ao sair do grupo, passou a integrar a diretoria da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) como representante da Região Centro-Sul e, posteriormente, como 2º vice-presidente e afastou-se do cargo para assumir a presidência do Indea-MT. As diretrizes da nova gestão vão priorizar a interiorização da autarquia, treinamento de servidores e aprimoramento dos Sistemas Online. O presidente do Indea afirma que é preciso fortalecer a instituição no campo, no interior. “Precisamos fazer um grande trabalho de interiorização, esse é um dos pontos principais dessa gestão. O cliente do Indea está no campo. Vamos promover a realocação de servidores e o fortalecimento do Indea no campo e no interior do Estado”. Com esse discurso espera-se a classe produtora, colaboradores e aos servidores passar o prazo desse compromisso dos 100 primeiros dias, onde há metas estabelecidas de gestão, e o que devemos esperar? Mudanças, boas e prósperas mudanças, onde umas das maiores premissas hoje é o fortalecimento de nossas atividades sendo imperioso se estruturar, se equipar e ter os treinamentos estendidos a todos os servidores. Temos expectativas de que essa gestão possa aglutinar a todos servidores em busca de um ideal, mantenha um canal de diálogo amigável com o Sindicato (SINTAP) na defesa das prerrogativas de seus servidores, estruture e fortaleça as atividades dos postos fiscais e barreiras sanitárias. As críticas sempre irão surgir pois a Autarquia dispõe em seu corpo técnico e administrativo diferentes formações curriculares e atividades distintas, mas não impossível de se harmonizar. Nas gestões anteriores se pecou em lotear certas unidades e regionais em detrimento de outras no quesito material humano isso é fato principalmente em face do tamanho continental de nosso Estado. Hoje temos a atividade de identificação de madeiráveis de volta após uma luta jurídica e agora precisamos fortalece-la.

A sociedade civil constituída, produtores rurais e os cidadãos contribuintes estão a cada dia mais inteirada da importância da DEFESA SANITÁRIA ESTADUAL e os servidores tem se desdobrado para realiza-la da melhor forma possível. Então rogamos para que esta gestão faça o dever de casa ou o mais próximo disso pois arrumar a casa nunca foi tarefa fácil porém com união e muito trabalho pode-se obter resultados satisfatórios.

* Max Campos é servidor público estadual e militante político jovem


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