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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Sem medo da inadimplcência

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Segundo a Anef, entidade dos bancos e financeiras das montadoras, 6% dos empréstimos para compra de veículos por pessoas físicas fecharam setembro em inadimplência, pouco mais que os 5,9% de agosto. A alta ainda não preocupa, diz, em nota enviada à imprensa.

"Mesmo com a pequena elevação, o setor de financiadoras de veículos manteve o otimismo com a tendência de retração", comenta-se no texto, que justifica: a "manutenção do otimismo refere-se ao fato de um novo público estar entrando na Carteira de Financiamento de Veículos. Em meados de 2011, houve um alerta com relação à inadimplência, o que levou os bancos a ajustarem suas políticas de crédito e brevemente deveremos ver com maior nitidez o impacto dessas medidas".

"A carteira de crédito é formada por clientes incorporados até 40 meses atrás e este público mais selecionado começou a fazer parte há pouco mais de um ano. Com o passar do tempo, estes clientes com renda maior vão aumentar sua participação dentro do montante, enquanto o público anterior que possuía uma renda menor e que realizava seus financiamentos em prazos maiores (até 60 vezes) deixará de participar da carteira".

A taxa média de juros cobrada pelas associadas da Anef em setembro manteve-se estável em 1,28% ao mês (16,49 ao ano). A taxa média de mercado era 1,59% ao mês (20,90% ao ano). As mensais haviam sido de 1,40% e 1,57%, pela ordem, em agosto.

O saldo das carteiras de veículos (CDC + Leasing Pessoa Física) passou de R$ 204,3 bi em agosto para R$ 203,5 bi em setembro, com recuo de 0,5%, mas 2,5% maior que o de setembro 2011.

Durante setembro, a liberação de crédito para aquisição de veículos financiados foi de R$ 6,4 bi, ou 32,8% menos no mês e 29,9% menos em 12 meses. O prazo máximo foi de 60 meses e a média ficou em 40 meses, menos que os 42 meses da média no mesmo período de 2011.

O financiamento mais utilizado foi o CDC, com 51% do total (50% um ano antes), seguido por consórcio (8% agora e 7,9% antes), leasing (2% e 2,3%, na mesma ordem). Das vendas, 39% foram realizadas com pagamento à vista (38,9% antes).

Pelo Finame foram atendidas 73% das vendas de caminhões e ônibus, mais que os 70% de 2011. As compras à vista aumentaram de 12% para 13%, e o CDC caiu de 13% para 10%. Os consórcios continuaram na mesma margem (2%) e o leasing recuou de 3% para 2% do total desse segmento.

Entre as motos, as vendas financiadas com CDC tiveram queda até setembro, de 51% para 42% e o consórcio tomou espaço, subindo de 27% para 35%. Vendas à vista subiram de 21% para 23%.

O saldo de crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas manteve-se em 4,7% do PIB nacional, um pouco menos que os 4,9% de um ano antes.O financiamento corresponde a 9,1% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e 28,9% do total do crédito destinado às pessoas físicas no Brasil.

Segundo a Anef, o saldo total para financiamento de veículos de pessoas físicas fecha este ano em R$ 206,2 bi, sendo R$ 192,7 bi em CDC e R$ 13,5 bi em leasing, ou 2,6% mais que em dezembro 2011.

FAZER A FEIRA FICOU 25% MAIS CARO


Em um ano, de novembro 2011 a outubro 2012, subiram mais de 25% os preços de hortaliças, legumes e frutas vendidos em feiras-livres, hortifrútis e supermercados, segundo pesquisa da FGV.
Essa elevação, 25,61%, supera a inflação média de 5,97%, acumulada pelo IPC/FGV no mesmo período. O aumento foi maior em legumes e hortaliças (37,10%) e bem menor em frutas (12,32%).

A cesta analisada incluiu 27 produtos nenhum subiu abaixo dessa média geral, de 5,97%. Quem encareceu menos foi a banana nanica (6,38%) e, entre as frutas, a FGV até achou duas baixas de preço: laranja pera (-8,12%) e mamão formosa (-0,33%).

Os aumentos de maior peso no consumo rotineiro de hortaliças e legumes foram os do preço de batata (74,51%), cebola (56,84%), tomate (54,62%) e alho (42,68%). Mas as altas ainda maiores foram as da mandioca (61,42%) e inhame (70,48%), menos consumidos e mais fáceis de substituir por produtos mais baratos. O menor aumento foi o da couve (8,19%). Entre as frutas, a maior alta foi sentida no mamão papaia (67.57%), seguido por tangerina (42,94%) e melancia (29,63%).

Segundo a FGV, na compra de hortaliças, legumes e frutas, as famílias comprometem, em média, 2% de seu orçamento.

Coisas da estatística
Coisas da matemática e da estatística: o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna de outubro teve deflação de 0,31%, a maior desde julho 2009, o ano da marolinha, quando o IGP-DI caiu 0,64%. Coisa boa! Será?

A baixa, explica o expert da FGV, Salomão Quadros, se deve ao recuo de mais de 8% no preço de soja no atacado, com reflexos de queda também no varejo, nos preços de óleo de soja e de carnes (ração animal leva muita soja). A inflação dos alimentos já está em desaceleração (de 1,23% para 0,67% de setembro para outubro).

No outro indicador divulgado esta semana, o IPCA, foi de 4,83% a alta acumulada de janeiro a outubro, período em que a inflação do salário pago ao empregado doméstico somou 11,08%. Ou seja, no IPCA deste ano, o peso maior foi esse.

O IBGE listou 23 produtos de largo consumo e cuja alta significou, no ano, a maior parte da inflação (3,52% ou 73% do total). Entre esses 23, são alimentos 9: arroz (29,81%), pão francês (10,21%), batata (57,65%), frutas (9,16%), carnes industrializadas (9,15%), e tomate(33,40%), por exemplo.

ENERGIA MAIS CARA
Em outubro, o preço da energia elétrica de fonte convencional para entrega no curto prazo para o Sudeste/Centro-Oeste teve alta de 52% sobre o mês anterior, chegando a R$ 281,34 por MWh (megawatt hora), informa a consultoria Brix, que elabora o índice Brix Convencional com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Seca explica
A causa do aumento é o baixo índice pluviométrico, segundo a consultoria Brix. Em setembro, o preço médio fora de R$ 182,94/MWh. No começo de novembro, o nível dos reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste oscilou em torno de 35%,abaixo dos 48% de novembro 2007, período que antecedeu o pico de preços (R$ 500/MWh em janeiro 2008).

Baleia Azul
Iniciada a produção do projeto pré-sal de Baleia Azul, por meio do FPSO Cidade de Anchieta, o primeiro projeto desenvolvido com foco exclusivo para o pré-sal no Espírito Santo, considerado fundamental para atingir a curva de produção prevista no plano de negócios da Petrobras até 2016.

Em queda
Dados do IBGE, agregados pela entidade do setor eletroeletrônico, a Abinee, apontam queda na produção física de 9,7% de janeiro a setembro deste ano. Na comparação de setembro/setembro, a baixa sobe a 12,4%. No setor eletrônico, a queda no ano é de 12,8% e de 17,4% na comparação dos dois setembros: no setor elétrico, de 3,8% e 1,9%, na mesma base.

Cimento
Informa o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento: as vendas do produto no mercado interno somaram, em outubro, 6,2 milhões de toneladas, com aumento de 9,8% sobre as de um ano antes. Pela média diária, o resultado é negativo em 2,1 % sobre setembro. No acumulado do ano, os 57,4 milhões de toneladas vendidas superaram em 8% o total do mesmo intervalo em 2011. As importações de cimento este ano somam 714 mil toneladas, ou 14% menos que em igual período do ano anterior.

Menos salário, mais trabalho 1
Nos 12 meses terminados no primeiro decêndio de novembro, a mão de obra na construção civil teve reajuste de 9,48%, segundo a prévia do IGP-M, medido pela FGV. Pode ser que esta alta mude um pouco a situação dos trabalhadores desse setor, cujos rendimentos são menores, mesmo com as jornadas de trabalho mais extensas em relação à média dos brasileiros.

Menos salário, mais trabalho 2
É o que revela estudo do Dieese, com base em dados do seu Sistema de Pesquisa de Emprego e Desemprego, de 2011, referentes às regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, Distrito Federal e São Paulo.

Menos salário, mais trabalho 3
No ano passado, o salário do trabalhador da construção civil variou entre a mínima de R$ 857, paga em Fortaleza, e a máxima de R$ 1.707, paga no Distrito Federal. Na média das sete regiões, a jornada de trabalho vai de 41 a 43 horas semanais, com pico no Recife (47 horas).

Pedro pedreiro
Detalhes da pesquisa: mulheres já são quase 10% dos empregados em obras de edifícios, infraestrutura e serviços. Na média de todos, 40% têm entre 40 e 59 anos. Mais de 60% são chefes de família. A construção civil emprega mais de 1,4 milhões de trabalhadores nas regiões pesquisadas, o que representa 7,5% do total de postos de trabalho.

Cenários 1
Saiu mais um Boletim Regional do Banco Central, no qual se prevê intensificação do ritmo da economia ao longo deste segundo semestre, mesmo sob o peso do cenário externo negativo. Para o BC, isso será compensado pelas políticas de estímulo tomadas pelo governo. Depois do crescimento de 0,4% no segundo trimestre, o banco já vê "robustez da demanda doméstica", mesmo se "com alguma assimetria entre os diversos setores".

Cenários 2
O "complexo ambiente internacional" se transmite, "entre outros canais, via confiança, fluxos de comércio exterior e de investimentos". De outro lado, "tendem a prevalecer os efeitos favoráveis de impulsos monetários, fiscais e creditícios introduzidos na economia", diz o BC.

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