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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Moinhos de trigo sofrem com falta de matéria-prima

O Paraná deixou de ser pela primeira vez autossuficiente na produção de trigo convencional. A informação é do presidente do Sindicato da Indústria do Trigo do Paraná (Sinditrigo), Marcelo Vosnika, em entrevista concedida na segunda-feira (22) à FOLHA durante o XIX Congresso Internacional do Trigo, evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), que termina nesta terça-feira (23) em Florianópolis (SC).

Segundo o dirigente, a redução no plantio do cereal no último ciclo de inverno foi um dos fatores que culminou na oferta insuficiente para atender os 82 moinhos paranaenses.

Vosnika afirma que as indústrias paranaenses consomem em torno de 2,5 milhões de toneladas de trigo por ano. Até o ano passado, 85% da demanda dos moinhos pela matéria-prima era gerada dentro do Estado. Os outros 15% são de variedades do tipo melhorador, que não são cultivadas no Paraná. ''Em safras anteriores sobrava trigo, agora teremos que importar'', lamenta o presidente do Sinditrigo.

De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a produção de trigo da safra 2011/12, que está no fim da colheita, foi de 2,13 milhões de toneladas, 13% a menos se comparado com o ciclo anterior. O motivo principal dessa queda foi a redução de 28% na área plantada com o cereal no Estado em relação ao ciclo 2010/11. O trigo perdeu espaço para o milho, cujo preço estava mais atrativo ao produtor. No total, o Paraná plantou neste ano pouco mais de 760 mil hectares com o cereal.
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