O cooperativismo moderno, como está sendo chamada uma nova modalidade difundida pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), vai dar mais “musculatura” econômica aos pequenos e médios produtores rurais do Estado, avalia o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro.
A entidade está fazendo seminários de cooperativismo, cujo objetivo é estimular, por meio do Programa de Fomento e Intercâmbio de Cooperativas de Produtores (Cooprosoja), novas adesões de agricultores a cooperativas. Nesta quarta e quinta-feira o evento foi em Sorriso (412 km ao Norte de Cuiabá).
Para Fávaro, a nova modalidade de cooperação, em que todos se unem, mas ao mesmo tempo assumem seus compromissos financeiros de forma individual, é uma tendência no Estado.
“Este novo modelo de cooperativismo tem dado muito certo em algumas cidades de Mato Grosso, como em Sorriso e Primavera do Leste, e a intenção é que em todos os municípios onde haja núcleo da Aprosoja sejam formadas cooperativas modernas”, informou Fávaro, ao
Agro Olhar.
Carlos explicou que o novo modelo consiste em os agricultores de pequeno e médio porte se unir para comprarem os insumos e também na hora da venda dos produtos. “Assim se ganha força, pois os negócios acontecem em escala maior”, comenta.
A escala maior citada pelo presidente da Aprosoja permite aos agricultores alcançar ganhos superiores, de até 44%, se comparados aos produtores independentes. Segundo dados da safra 2010/11, a rentabilidade dos cooperados foi equivalente a seis sacas a mais por hectare em relação aos não cooperados.
Os ganhos já foram mostrados em uma pesquisa feita pelo Instituto Vetor, que revelou economia de 20% para os cooperados na compra dos insumos para a safra 2010/11 e, a rentabilidade na hora da comercialização, foi até 10% maior sobre os produtores independentes.