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Sábado, 20 de abril de 2024

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Famato e Imea começam trabalho com UFMT

O presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, e o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio, deram o primeiro passo para a formação de estratégias que vão viabilizar o que chamam de agrointeligência no Estado. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) será uma das principais parceiras do setor no processo, que deve culminar na criação de espaços específicos para produção de conhecimento que venham a congregar os interesses da pesquisa e com a prática ao produtor rural. A ideia está sendo denominada, a princípio, como AgroAceleradora.

Na manhã desta quinta-feira (15/10), os representantes do Sistema estiveram reunidos com o vice-reitor da Universidade, João Carlos de Souza Maia, e coordenadores e diretores de cursos ligados à atividade agropecuária para delinear um convênio que visa à sistematização da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico a partir das informações capturadas junto aos produtores rurais e, consequentemente, para atendê-los com soluções práticas.

"A tecnologia de ponta está aí, cada vez mais usada pelos produtores de Mato Grosso, sobretudo do ponto de vista dos grãos. Acontece que essa inteligência não é nossa, a propriedade intelectual disso é estrangeira. A gente usa porque precisa, mas temos a expertise aqui, principalmente a UFMT, a Academia. Mato Grosso é o estado protagonista na produção e, por isso, imagino que tem que ser o mentor intelectual desse processo", ponderou o presidente do Sistema Famato/Senar aos professores da UFMT.

Prado exemplificou as ideias com uma tecnologia que conheceu no Estado, trazida do Rio Grande do Sul, com a qual é possível detectar a presença das condições necessárias para o desenvolvimento da ferrugem asiática nas lavouras. "Essa informação é captada com uma anteninha, vai para rede, para internet e, de repente, está no mundo", acrescentou.

Celidonio explicou que o Imea consegue produzir e entregar muitas informações aos produtores de Mato Grosso, mas ainda é preciso organizar essas informações para criar soluções. Às vezes, como não temos essa concentração de dados, o BigData, perdemos boas ideias. Por isso é necessário pensar a AgroAceleradora de start up do agronegócio. E nada melhor como ali, na casa do produtor rural. Temos a estrutura dessa casa, o que dá credibilidade. Mas isso não pode nascer sem a participação da universidade para gerar ciência, conhecimento".

O coordenador do Escritório de Inovação Tecnológica da UFMT, professor Antônio Carlos Trita, revelou que ideias muito semelhantes já estão em prática, de forma paralela, com a mesma intenção da AgroAceleradora. Trata-se do projeto Acelera UFMT, para idealizar, germinar e acelerar estratégias de inovação com pesquisa e empreendedorismo dentro do campus. "O que a UFMT pode oferecer é a geração do conhecimento no produto, mas precisa de parceiros para fazer a coisa acontecer", disse.

"A UFMT é parceira e oferece o ambiente acadêmico para que isso se desenvolva. Temos tudo aqui, temos laboratórios de ponta, pesquisadores importantes e iniciativas. Estamos colocando tudo à disposição para que essa parceria seja celebrada", afirmou o vice-reitor.

Como a UFMT já dispõe de projetos de pesquisa voltados para as atividades agropecuárias, inclusive sobre agricultura de precisão, produzidas dentro da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, eles serão apresentados aos líderes do Sistema Famato/Senar para que, numa próxima reunião agendada para o fim deste mês, seja traçado o cronograma de trabalho.

"No meu entendimento, vocês já têm muita coisa que a gente, produtor rural, ainda não sabe. Vamos estabelecer essa interação, principalmente política, porque é importante que isso aconteça", finalizou Prado.
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