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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Ecologia

BB diz que "pool" de bancos vai financiar leilão de hidrelétricas existentes

O Banco do Brasil e outras instituições vão financiar os participantes do leilão de hidrelétricas existentes, com o qual o governo federal espera arrecadar 17 bilhões de reais por meio da cobrança de bônus de outorga, afirmou nesta segunda-feira o presidente do banco, Alexandre Corrêa Abreu.

Segundo o executivo, o financiamento de lances no certame, previsto para 6 de novembro, é um "bom negócio", com "retorno garantido".

Ele disse que negocia com um "pool" de bancos, para que juntos possam apoiar os grupos vencedores do leilão.

"O formato da nossa participação ainda está sendo definido, mas o que está certo é que será um 'pool' de bancos, um sindicato de bancos. Para outorga, é nossa primeira vez", disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

Do total previsto a ser arrecadado pelo governo com as outorgas, até 11 bilhões de reais entrariam nos cofres públicos ainda neste ano, o que justificaria um acordo de várias instituições financiadoras, devido ao montante elevado.

"Para mercado corporativo, dificilmente um banco entra sozinho. Você faz um junção de forças. Como o recurso é muito grande, um só fica pesado", explicou ele.

No certame, serão oferecidas as concessões de 29 hidrelétricas, divididas em cinco lotes, cada um composto por entre uma e 18 usinas. Há, ainda uma divisão em sublotes, o que significa que os investidores também poderão apresentar propostas individuais para algumas hidrelétricas ou grupos de usinas.

Entre os empreendimentos que serão ofertados estão usinas cujas concessões pertenciam à Cesp, como Ilha Solteira e Três Irmãos, além de usinas de Cemig, Copel, Celesc e Furnas, da Eletrobras.

Apenas com o leilão das duas concessões da Cesp, o governo federal espera arrecadar ao todo 13,8 bilhões de reais.

O certame tem atraído atenção daquelas companhias, incluindo a Cesp, que pretendem tentar continuar com a concessão das hidrelétricas por mais 30 anos, e de outras elétricas brasileiras e estrangeiras.

Abreu destacou que as usinas existentes são um bom negócio para o banco, uma vez que são ativos amortizados e com contratos longos entre o Estado e empreendedores.

"É um bom negócio, uma oportunidade boa porque são 30 anos de concessão com 70 por cento da energia já contratada. Tem que aguardar quem vai entrar e ganhar. Nosso financiamento será pós-leilão, mas já concluímos que é uma boa. Não tem risco de construção...", disse ele, sem revelar o montante que o banco pretende destinar para essa modalidade de financiamento.
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